Nesta quarta-feira, 30, a Petrobrás comunicou o encerramento do processo competitivo para venda da Usina Termelétrica de Canoas (UTE Canoas). A decisão ocorreu no mesmo dia do anúncio da privatização da Refinaria Isaac Sabbá, em Manaus.
Em nota, a Petrobrás diz que “apesar dos esforços envidados nesse processo, não foi possível obter condições comerciais adequadas para a concretização da transação, optando-se pelo seu encerramento”.
Segundo o diretor do Sindipetro-RS, Alex Frey, as UTEs do sistema Petrobrás, incluindo Canoas, são fundamentais para que o Brasil não sofra um apagão energético como o do início do século. “São elas que garantem que tenhamos energia elétrica mesmo em épocas de escassez hídrica”.
A usina pode operar com gás natural ou óleo diesel, com potência instalada de 249 MW. “A perda de uma UTE representa o aumento do desemprego e o risco a famílias inteiras, mas, além do óbvio, representa risco também para indústria nacional e comércio em geral”, completa.
Hoje, trabalham nela aproximadamente 100 empregados entre próprios e terceirizados, que seriam afetados diretamente caso essa privatização fosse concluída. Assim como toda a população do entorno. Além dela, a Refinaria Alberto Pasqualine também estava no Plano de Desinvestimento do Governo Bolsonaro. A notícia sobre o fim do processo competitivo da UTE é mais uma conquista da luta da categoria petroleira.