Privatização ou fortalecimento da Petrobrás? Congelamento dos salários e da aposentadoria ou ganho real?
O que está em disputa no domingo (30), quando será eleito o próximo presidente do Brasil, são dois projetos opostos de país e, por consequência, de gestão do Sistema Petrobrás. E seu voto nunca foi tão decisivo.
Importante destacar que esses dois projetos já foram testados em momentos recentes. É claro que você se lembra de todas as conquistas que teve entre 2003 e 2015, com os governos do PT, e de cada perda que amarga desde o golpe de 2016, que pavimentou o caminho para a eleição de Bolsonaro, cujos resultados sofreremos as consequências por muitos e muitos anos.
Portanto, não é uma escolha difícil para o povo brasileiro trabalhador e para os milhões de aposentados, que perderam o poder de compra e tiveram que se endividar como nunca antes na história do país para conseguir pagar as contas mais urgentes.
Todos nós sabemos que, se Bolsonaro for reeleito, vai piorar. E muito. Sua equipe econômica já deixou escapar o plano de desindexação do salário mínimo e dos benefícios previdenciários, que, na prática, acabará com a correção da inflação.
Se hoje já está osso, imagine, sem reajuste? Só para se ter uma ideia da importância da política de ganho real implementada pelos governos do PT (e que, infelizmente, foi interrompida por Bolsonaro), sem os reajustes acima da inflação, o salário e o benefício mínimo do INSS hoje seriam o equivalente a R$ 699,00. Agora imagine sem correção da inflação?
No caso dos petroleiros e petroleiras, somam-se a isso a retirada de direitos e o desrespeito aos acordos pactuados, que são reflexo direto da política de desmonte do Sistema Petrobras, que o atual governo quer ampliar, como também já anunciou.
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A iminência de privatização completa da maior e mais estratégica estatal brasileira significará perdas irreparáveis de direitos e mais arrocho salarial para os trabalhadores próprios e terceirizados, aposentados e pensionistas. Vide o que aconteceu na BR Distribuidora e na antiga RLAM.
Esse é o projeto que já está sendo praticado pelo governo Bolsonaro e que será consolidado em seu segundo mandato, caso seja reeleito.
Não é surpresa alguma que o mercado financeiro, o agronegócio e o empresariado, que comungam do mesmo projeto de exploração predatória e de privatização do Estado, estejam com Bolsonaro, mesmo correndo o risco de terem um país mergulhado de vez em um regime autoritário e fundamentalista.
Mas a classe trabalhadora e, em especial, os petroleiros e petroleiras, não podem ficar isentos nesse momento decisivo para o futuro do Brasil e, consequentemente, para o destino da Petrobrás e de suas subsidiárias.
São dois projetos antagônicos em disputa. Por tudo que cada um e cada uma de nós estamos vivendo em nosso dia a dia, nunca foi tão estratégico escolher em quem votar no domingo.
Com Lula, podemos voltar a ter uma Petrobrás integrada e estatal, que esteja a serviço do povo e da soberania. Com Bolsonaro, a empresa seguirá o receituário da privatização e desnacionalização, com foco exclusivo na geração de dividendos.
A escolha entre esses dois projetos definirá se teremos uma Petrobrás que garanta os direitos e os benefícios de seus trabalhadores, aposentados e pensionistas ou uma empresa privada, cujos planos de saúde e de previdência, se existirem, serão geridos para terem o menor impacto possível nos ganhos dos acionistas.
Um desses dois projetos emergirá das urnas no domingo, o dia que definirá que Brasil deixaremos para as próximas gerações. Não é exagero quando afirmamos que essa é, sim, a eleição mais importante das nossas vidas. E, definitivamente, não é uma escolha difícil.
Cada um e cada uma de nós sabe a dor de ter perdido familiares, amigos e colegas de trabalho durante a pandemia da Covid-19.
Cada uma e cada um de nós sofreu com companheiros e companheiras que perderam seus empregos.
Cada um e cada uma de nós sente na pele os impactos das privatizações e do desmonte do Sistema Petrobrás.
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Só há uma escolha a fazer para estancar essa sangria e voltarmos a ter a possibilidade de reconstrução do nosso país e da nossa empresa: eleger Lula presidente.
A senha para interromper o projeto nefasto de destruição da Petrobrás e do Brasil é digitar o 13 nas urnas.
Por isso, companheiros e companheiras, é fundamental o engajamento na campanha, nessa reta final.
Estamos em meio à mais dura disputa eleitoral da história do país, pós-redemocratização. Uma eleição marcada por mentiras, violência, assédio eleitoral, compra de votos e o uso da máquina pública como jamais visto antes.
Pedimos a cada uma e a cada um de vocês que converse com familiares, amigos e vizinhos sobre a importância da eleição de Lula. Busque informações junto ao seu sindicato para participar dos atos e atividades que estão sendo realizadas (veja abaixo algumas orientações).
Vamos juntos reconstruir a Petrobrás e o Brasil e retomar os nossos direitos.
Domingo é dia de renovar a esperança.
É dia de votar em Lula, 13.