Nov 24, 2024

Ato na REFAP fortalece mobilizações nacionais

Na semana passada as mobilizações que estão sendo realizadas em diversas unidades do Sistema Petrobrás em todo o país foram realizadas na Região Sul. No dia 16 a atividade foi na Repar (PR); no dia 17, na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul (PR); e, no dia 19, na Refap, em Canoas (RS).

Na Refap, o ato iniciou em torno das 7h, quando os trabalhadores começaram a se concentrar em frente ao portão da Refinaria. Diversos movimentos, entidades de outras categorias e lideranças políticas do campo progressista, além de petroleiros/as de outros Sindipetros e da FUP, estiveram presentes. O botijão de gás gigante colocado em frente à Refap, também chamava a atenção e dava visibilidade à atividade. Logo que chegavam, os ônibus eram parados e os/as trabalhadores/as convidados a permanecerem no local.

 Em sua fala, a presidenta do SINDIPETRO-RS, Miriam Cabreira, que tem participado dos atos realizados dentro deste circuito de manifestações, lembrou que a mesma atividade já havia sido realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná/Santa Catarina e, agora, chegava ao RS. “Começamos no litoral paulista e fizemos atos unificados em três refinarias, no prédio do Edisen e na Six. Em todos eles, muitos trabalhadores pararam para escutar, entre próprios e contratados”, pontuou ela.

Segundo a dirigente, na Repar, por exemplo, estava iniciando uma parada de manutenção, e mesmo assim, todos pararam para fazer o debate. Lá, foi destacada a situação da Fafen, onde mil empregos foram fecha- dos com a venda da unidade. Ela também lembrou que a Repar e a própria Refap também estão na mira do governo para serem vendidas e, por isso, a resistência tem que continuar e ser cada vez mais forte. Miriam também falou do ato na SIX onde, mesmo com chuva, os trabalhadores pararam para ouvir e debater a situação da Petrobrás, do Acordo Coletivo e da urgência de fortalecer a unidade e a resistência da categoria.

 Miriam também falou sobre o absurdo que é a venda das unidades da Petrobrás, como é o caso dos gasodutos, onde o valor recebido pela estatal com a venda está sendo pago em aluguel dos equipamentos. Na SIX, disse ela, “temos um centro de desenvolvimento de pesquisa importantíssimo para a Petrobrás. Se a unidade for vendida, é possível que a empresa tenha que pagar para fazer pesquisas num centro que hoje é dela”, acrescentou.

“Esses atos são extremamente importantes, porque precisamos muito resistir contra a privatização, avançar no acordo coletivo e as lutas unificadas são fundamentais para a gente se fortalecer ainda mais. A categoria só tem a ganhar com isso”.

O representante do Sindipetro do Norte Fluminense, Tezeu Bezerra, também reforçou a necessidade de resistência da categoria. “Foi anunciada a privatização de oito refinarias, mas até agora apenas uma está em processo de venda. Isso mostra que os petroleiros e petroleiras sabem se organizar, sabem lutar”, acrescentou.

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 DEFESA DA DEMOCRACIA

Outro ponto que fez parte das falas foi a necessária defesa da democracia. Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, explicou que a campanha reivindicatória de 2022 é completamente distinta das anteriores. “Este ano trabalhamos com três eixos: a defesa dos diretos com um acordo de trabalho justo; a defesa da Petrobrás, numa luta incessante contra a privatização; e a terceira, que é a defesa do estado democrático de direito e de um projeto de país com um governo desenvolvimentista, que não atenda apenas aos interesses dos acionistas minoritários, mas no qual a Petrobrás volte a ser a mola indutora da economia nacional”, disse ele.

PRÓXIMAS ATIVIDADES

A agenda de mobilizações previa, ainda, atividades na Revap (23), Reduc (24) e no Norte Fluminense (25). Mas, em função da necessidade de assembleias para avaliação da terceira contraproposta da empresa para o Acordo Coletivo, estes atos, por enquanto, estão suspensos.

APOSENTADOS PRESENTES

Os/as petroleiros/as aposentados também atenderam ao chamado do Sindicato e se fizeram presentes à atividade do dia 19. Os/as aposentados/as têm participado das mobilizações levando não só sua experiência, mas somando nas lutas em defesa do Acordo Coletivo e defendendo a Petrobrás.

 

 

 

 

 

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