Além da mobilização no Rio Grande do Sul, também houve atos contra a venda da Regap em diversas bases da FUP, como a Lubnor, no Ceará, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, a Refinaria de Capuava (Recap), em Mauá/SP, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, e o ato unificado na própria Regap, em Betim, Minas Gerais.
A presidenta do Sindipetro-RS, Míriam Cabreira, representou o sindicato e a categoria gaúcha no ato em Minas Gerais. “As refinarias são extremamente importantes para manter a Petrobrás integrada e para fazer com que ela possa voltar a servir o povo brasileiro. É por isso que estamos na luta pela Regap, mas também pelas outras refinarias que estão colocadas à venda, como a Refap, Repar e Rnest”, disse.
Como o ato de Minas estava sendo transmitido virtualmente pelas redes da FUP e dos sindicatos, e seu áudio repercutido no caminhão de som da Refap, a Míriam aproveitou o momento e terminou sua fala puxando palavras de ordem, onde Minas Gerais e o Rio Grande do Sul se uniram em uma só voz: “Petroleiros e Petroleira, Luta e Resistência” e “Defender a Petrobrás, é Defender o Brasil”.
Participaram do ato da REFAP o deputado federal Miguel Rossetto (PT/RS) e a deputada estadual, Sofia Cavedon (PT/RS), além da vereadora de Porto Alegre e pré-candidata a deputada federal, Daiana Santos (PCdoB/RS), entre outras lideranças.
Sofia foi pontual ao lembrar do grande pacote eleitoreiro que o governo aprovou no final do mês de junho que libera aproximadamente 40 bilhões de reais para reduzir, de acordo com o governo, os impactos da crise dos preços dos combustíveis, que eles mesmos criaram. “O governo Bolsonaro produziu e colocou o Brasil no mapa da fome e a política da Petrobrás tem a ver com isso, a política de energia elétrica tem a ver com isso, a política de preços, de juros da dívida tem a ver com isso. É um modelo que prioriza quem vive da bolsa e da especulação. No caso da Petrobrás, superbonifica quem tem ações, onde metade é o governo brasileiro e metade são os acionistas, os grandes donos do dinheiro desse país, em detrimento do poder de compra da população e do desenvolvimento do país”.
Rossetto falou da importância da luta contra a privatização das refinarias da Petrobrás e da soberania nacional. “Esses irresponsáveis destruíram a BR, acabaram com a Liqueigás e jogaram a população nas mãos desses grandes grupos privados que importam, que fazem o que querem com os preços dos combustíveis. Precisamos recuperar uma Petrobrás forte, participando ativamente do desenvolvimento do Brasil e garantindo segurança e soberania energética para o nosso país. E por isso também estamos aqui denunciando esse processo irresponsável de privatização da Eletrobrás”.