Na primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre Teletrabalho com a equipe de Recursos Humanos da Petrobrás após a saída do ex-diretor Cláudio Costa, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) apresentou novamente suas reivindicações em relação ao teletrabalho e cobrou o direito dos trabalhadores à desconexão.

A delegação da FUP notou uma mudança positiva em relação à atitude dos representantes da Petrobrás. Inimigo dos petroleiros, Costa teve seu desligamento da empresa anunciado em março de 2021, sob suspeita de uso pessoal de informações privilegiadas. 

Cibele Vieira, diretora da FUP e coordenadora do GT, explicou que essa reunião foi importante para apresentar novamente as reivindicações à gestão, e tirar dúvidas. A diretora refletiu em relação à flexibilidade, um dos pontos do diálogo com a representação da estatal: “Para nós, ter uma flexibilidade no dia a dia não evita ter a segurança numa regra coletiva. Flexibilidade não significa desregulamentação laboral. É possível ter um horário flexível e talvez até maior do que a flexibilidade que já tinha nos escritórios, e ,mesmo assim ter direito à desconexão, para evitar o burnout, evitar o desgaste de nossa sanidade mental”.

Os representantes da Federação insistiram em um outro ponto muito importante, a previsibilidade: “Para cada um conseguir organizar sua rotina, que é a essência do teletrabalho, é preciso ter uma previsibilidade maior. Não podemos negociar a escala a cada semana Não é justo você não saber se você vai estar no próximo mês no teletrabalho ou não”, afirmou Vieira.

Para reafirmar a posição dos trabalhadores, a FUP irá refazer a pesquisa que realizou entre os dias 19 de agosto e 25 de setembro de 2020 e contou com a participação de 1.242 petroleiros e petroleiras. O objetivo é ter um comparativo com aquele momento e avaliar a situação atual dos trabalhadores e trabalhadoras em regime de teletrabalho.

A próxima reunião do GT do teletrabalho com a empresa está prevista para 18/03.