Em reunião na semana passada com o RH da empresa, o SINDIPETRO-RS voltou a cobrar soluções para os graves problemas que vêm sendo enfrentados pelos trabalhadores da Refap e de outras unidades no RS. Leia alguns pontos citados:
SITUAÇÃO DOS EFETIVOS
Sobre a situação dos efetivos, consequência da política de desmonte da Petrobrás que vem sendo feita pelo governo Bolsonaro, o Sindicato reiterou que são inaceitáveis as dobras que vêm ocorrendo, chegando ao absurdo de seis trabalhadores de um grupo de nove, terem que dobrar para garantir o efetivo de um setor.
Segundo a diretora Miriam Cabreira, os gestores permitiram que as pessoas saíssem, sem se preocupar com isso e, agora, a situação é dramática, tanto na Operação, quanto na SMS. “Estamos vivendo momentos dramáticos com a questão do efetivo tanto na operação quanto na SMS. Além do desrespeito às pessoas e a sua saúde, esta situação mostra o quanto a própria gestão local não está preocupada em resolver o problema que eles mesmo criaram, levando a uma situação caótica na refinaria. É inimaginável operar uma refinaria, com o grau de risco que ela representa, nestas condições. Por isso cobramos fortemente dos gestores”, pontuou ela.
De acordo com a dirigente, os representantes da empresa apresentam alguns argumentos que não convenceram, falaram de um plano de reposição que estaria vindo, mas tudo muito incipiente. Frente ao que o Sindicato reiterou que não aceitará as dobras como vêm sendo feitas. Quanto ao SMS, informaram que estariam vindo duas pessoas, mas não se comprometerem com número, prazos e nem em resolver definitivamente o problema.
DOBRA NÃO É FERRAMENTA DE GESTÃO
“Esta luta não é nova. Estamos vivendo um dos momentos mais graves na questão dos efetivos e temos desenvolvido ações, inclusive judiciais, para resolver esta situação. Mas a empresa precisa entender que dobra não é ferramenta de gestão. Assim, continuaremos tomando medidas para resolver este problema em caráter definitivo e cobrando da empresa uma solução que dê segurança a todos”, disse Miriam.
INVASÕES NAS INSTALAÇÕES DA REFINARIA
Outro ponto abordado na reunião foram os roubos que estão ocorrendo na área da Refap. Muitas vezes os trabalhadores têm que se deslocar para áreas isoladas, e podem estar correndo risco de serem assaltados e até agredidos. Recentemente, houve um caso na área da BR Distribuidora, o que levou o Sindicato a novamente cobrar da empresa a questão da segurança no local. Não é possível que o trabalhador tenha sua saúde e segurança ameaçados em seus próprios ambientes de trabalho.
Foi, ainda, reiterada a necessidade de solução para os problemas com a alimentação, que persistem, sem que a empresa dê conta de resolver definitivamente.
PROBLEMAS COM O PLANO DE SAÚDE
Outro importante assunto colocado pelo Sindicato foi em relação ao Plano de Saúde (AMS), o qual a empresa vem tratando de forma irresponsável, com prejuízo de atendimento aos trabalhadores e seus dependentes.
Segundo o presidente do Sindicato, Fernando Maia, a empresa criou uma Associação para administrar o plano de saúde, que não vem dando resultados. Os repasses aos parceiros, como a Coopmed e outros, não estão sendo feitos, um verdadeiro calote, que têm gerado problemas inclusive de negativa de atendimento aos participantes do plano.
“A Petrobrás tem um contrato com a Coopemed que não está honrando e isso prejudica os usuários, que pagam mensalmente sua assistência médica. Não defendemos esta ou aquela parceria, mas queremos que a Petrobrás tenha responsabilidade com a gestão do Plano e que os trabalhadores/as tenham os serviços garantidos quando necessitarem”, acrescentou Maia.
Os dirigentes também questionaram qual motivo de terem reajustado o valor do plano desde março de 2020, mas não estarem repassando o reajuste aos profissionais credenciados, o que também tem gerado problemas nos atendimentos.