Em comunicado interno, divulgado nesta quinta-feira, 28, a gestão da Petrobrás mente ao informar aos trabalhadores que houve acordo com a FUP e o Sindipetro Caxias na reunião de mediação com o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, sobre o impasse criado pela empresa em torno do acordo de tabela de turno. 

A reunião de mediação ocorreu na quarta-feira, 27, a partir de provocação feita pelo Sindipetro Duque de Caxias, após o TST suspender a liminar que garantia a manutenção da tabela de turno na REDUC e UTE-GLB. A FUP participou da audiência como convidada, na tentativa de buscar uma alternativa para o imbróglio criado pela gestão da Petrobrás que vem descumprindo sistematicamente o acordo mediado pelo ministro Ives Gandra, no final da greve de fevereiro de 2020, onde a empresa havia se comprometido a pactuar com os trabalhadores tabelas de turno negociadas com as entidades sindicais e aprovadas nas assembleias. 

Após a reunião de mediação, o ministro do TST encaminhou ao Sindipetro Caxias a minuta com a proposta de acordo para a REDUC e a UTE-GLB, cujo teor está sendo discutido e avaliado por outros sindicatos. Em momento algum, a FUP se manifestou favoravelmente à proposta. Ao longo desta quinta-feira, 28, inclusive, a assessoria jurídica da Federação, através de contatos telefônicos, buscou a continuidade da negociação, mas não houve retorno do ministro. 

“A gestão da Petrobrás, mais uma vez, está usando de má fé, ao mentir no informe aos trabalhadores, para tentar desmobilizar a categoria. Esta tem sido a prática desta gestão desde que começou a se movimentar para impor unilateralmente tabelas de turno que não foram acordadas com as representações sindicais”, alerta o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, que participou da audiência de conciliação. 

A FUP e os sindicatos farão uma reunião nesta sexta para avaliar a minuta do acordo proposto pelo ministro Ives Gandra e só então irão se posicionar sobre os próximos encaminhamentos. Quem informa a categoria é a FUP e seus sindicatos. Não caiam em armadilhas da gestão da Petrobrás.

FUP