O Sindipetro-R voltará às ruas neste sábado (09) para mais uma edição da campanha "Gás a preço justo", no município de Esteio. Serão subsidiados 100 botijões de gás de cozinha de 13kg e oferecidos à população no valor de R$ 50. A atividade será às 10h, por ordem de chagada, no centro de Esteio, na rua Passo Fundo, 642.
A ação é um protesto pelo preço abusivo do gás de cozinha, que já aumentou 87% nas refinarias da Petrobrás, desde o início do governo Bolsonaro, chegando a ser comercializado em algumas regiões do país por R$ 120. Além disso, a iniciativa integra a campanha nacional dos Sindicatos da FUP, em comemoração ao aniversário da Petrobrás, que completou 68 anos no último dia 03.
O objetivo é alertar que é possível vender o gás de cozinha a um preço mais baixo do que está sendo praticado hoje, no mercado, levando-se em consideração o custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobrás e a arrecadação dos impostos, dos estados e municípios.
"Queremos levantar esse debate com a população, pressionar as autoridades públicas para a mudança da política de Preço de Paridade e Importação (PPI), adotada pela atual gestão da Petrobrás e que é responsável pelos aumentos constantes nos preços dos derivados de petróleo. Quem está nas ruas agora é o povo sofrido, que não aguenta mais entrar em fila para comprar ossos e restos de arroz e feijão. É inadmissível que famílias voltem a usar lenha para cozinhar, sendo o Brasil um país produtor de petróleo", explica o presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia da Costa.
Sob o comando do governo Bolsonaro, a Petrobrás, além de reajustar em 87% o gás de cozinha nas refinarias, aumentou a gasolina em 80% e o diesel, em 66,1%, fazendo disparar o preço dos alimentos e do transporte. Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses já passou dos 10% (IPCA-15/IBGE), pesando no bolso dos trabalhadores e aumentando ainda mais o custo de vida e a pobreza.
No último trimestre, a Petrobrás lucrou quase R$ 43 bilhões e repassou R$ 32 bilhões em dividendos, e dessa quantia, R$ 13 bilhões foi destinado a acionistas estrangeiros, enquanto toda a receita do gás, durante esse período, foi de R$ 6 bilhões. “Poderíamos ter distribuído duas vezes gás de graça para a população inteira só com o valor que foi pago para acionista estrangeiro”, informa o dirigente sindical.