O dia 5 de outubro marca o DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A EXPOSIÇÃO AO BENZENO. E, apesar de nos últimos tempos se falar apenas em Covid-19, o fato é que muitos trabalhadores continuam expostos ao Benzeno em seus ambientes de trabalho. Uma situação preocupante, já que trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde como químicos, tóxicos e cancerígenos, podem apresentar problemas maiores durante o desenvolvimento da Covid-19.

As ações em relação a exposição dos trabalhadores ao Benzeno vinham tendo alguns avanços, resultado de muita luta. Mas, nos governos Temer/Bolsonaro houve retrocessos significativos.

Um dos maiores retrocessos foi o fim das comissões tripartites incluindo a Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) e as Comissões estaduais. Soma-se a isso a simplificação nas Normas Regulamentadoras (NRs) e na legislação específica do Benzeno, entre outras iniciativas.

Os trabalhadores repudiam estas iniciativas e continuam, nos espaços possíveis, como nas CIPAS e grupos de trabalho, pressionando por normas e ações concretas em relação aos níveis de exposição ao Benzeno, um produto reconhecidamente cancerígeno.

Por isso, o dia 5 de outubro ganha cada vez mais importância: para denunciar estes retrocessos e fortalecer a luta pela saúde e vida dos trabalhadores.

O Dia Nacional de Luta contra a Exposição ao Benzeno foi criado em homenagem ao técnico de operações da da Petrobrás, Roberto Kappra, que faleceu em 5 de outubro de 2004, vítima de leucemia mieloide aguda, causada pela exposição ao benzeno. Ele trabalhou por 11 anos na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, São Paulo. A data se transformou em símbolo de resistência e conscientização