O aniversário de 68 anos da Petrobrás será comemorado com protestos contra as privatizações e ações solidárias da campanha “Combustíveis a preço justo”, que venderá pela metade do preço o botijão de gás de cozinha em diversas regiões do país. A data de criação da empresa, 03 de outubro, será lembrada nos atos Fora Bolsonaro, no sábado, que contará, mais uma vez, com a participação da FUP e dos seus sindicatos.
Os petroleiros levarão para as ruas das principais capitais um botijão gigante inflável, em protesto pelo preço abusivo do gás de cozinha imposto pela política de Preço de Paridade de Importação (PPI), implantada pela gestão da Petrobrás, após o golpe de 2016, que resultou no impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. Desde então, o preço do GLP nas refinarias já aumentou 261,9%, o que fez o botijão de 13 kg ultrapassar os R$ 100,00 nas revendedoras.
O aumento abusivo e desenfreado dos combustíveis virou um pesadelo para a população brasileira e tem sido a principal causa da disparada da inflação, que já está em 7,02% desde janeiro e em 10,05% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de setembro, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O desmonte da Petrobrás, com a subutilização e privatização das refinarias, tem o propósito de aumentar o lucro dos acionistas privados, que se beneficiam com o dólar alto e a exportação de óleo cru, enquanto o povo é obrigado a pagar preços de importação para combustíveis que são produzidos no Brasil”, alerta o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Enquanto tentam enganar a população, se isentando da responsabilidade pela disparada dos preços dos combustíveis, o governo Bolsonaro e o general reformado que ele colocou no comando da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, autorizaram esta semana mais um reajuste no preço do óleo diesel, que subiu 8,9% nas refinarias, acumulando alta de 60,1% desde o início da pandemia.
Sob o comando do governo Bolsonaro, a Petrobrás reajustou em 87% o gás de cozinha nas refinarias, aumentou a gasolina em 80% e o diesel, em 66,1%. As privatizações foram intensificadas, com venda de subsidiárias, refinarias e diversos ativos de produção, no maior desmonte da história da empresa, com impactos diretos na desindustrialização do país e no desemprego. No ambiente de trabalho, os petroleiros ainda enfrentam uma série de ataques por parte de uma gestão autoritária, que nega-se a dialogar com os sindicatos, reproduzindo na empresa o modus operandi do presidente da República, ao violar direitos, descumprir acordos e expor a categoria e as comunidades a riscos constantes de acidentes.
“É importante que os petroleiros e petroleiras participem em peso das manifestações do dia 02, dialogando com a população nas ruas e nas redes sobre a importância da Petrobrás enquanto empresa estatal forte, para garantir o abastecimento nacional, com preços justos e desenvolvimento econômico e social nos estados em que atua”, reforça Deyvid Bacelar.
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