A CUT organiza em conjunto com os movimentos sociais que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo um grande ato pelo "Fora Bolsonaro", por vacina já para todos e todas, por empregos e contra a fome; pelo auxílio emergencial de R$ 600, contra a reforma Administrativa e as privatizações, nas capitais e nas cidades do interior do país, no próximo sábado, dia 24 de julho (24J).
No Rio Grande do Sul, vários atos estão sendo definidos, que serão divulgados ao longo da semana. Em Porto Alegre, será realizada a Marcha dos 100 mil, com concentração às 15h, no Largo Glênio Peres.
Impeachment já
Os dirigentes da CUT estão otimistas e acreditam que este ato será o maior dos três já realizados este ano, em 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho.
E para fortalecer o ato e obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a pautar um dos 120 pedidos de impeachment de Bolsonaro, inclusive o superpedido protocolocado pela Central, partidos políticos e movimentos sociais, estão sendo organizadas plenárias estaduais com os participantes da campanha "Fora Bolsonaro". O objetivo é, inclusive, ampliar a participação de todos os segmentos que defendem o fim deste governo genocida.
A unidade política dos movimentos sociais e de outros setores da sociedade, para que o ato seja o maior registrado até hoje, é destacada pelo secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo, e pelo diretor da Executiva Nacional da CUT, Milton dos Santos Rezende, o Miltinho. Segundo eles, serão muito bem vindos aqueles que quiserem se juntar à CUT e aos movimentos sociais na ocupação das ruas com a bandeira "Fora Bolsonaro".
"Tem de ter unidade entre diversos setores, apesar das nossas opiniões diferentes. Neste momento, é preciso abandonar essas diferenças e caminhar no que é convergente, no que nos unifica, que é tirar Bolsonaro do poder", destaca Ariovaldo.
Tirar Bolsonaro do poder
Quem quer o fim deste governo, o fim das mortes, que traga a sua bandeira para as ruas, independentemente de ideologia, complementa Miltinho, que explica as razões para o povo ir às ruas.
“Este é um governo que não cuida da saúde, da educação, do emprego e da renda. A cada dia, aumenta a fome e a miséria. Não dá mais para suportar. É preciso botar para fora Jair Messias Bolsonaro”, pontua o diretor executivo da CUT.
A atual conjuntura dramática, tanto do ponto de vista político quanto do sanitário por causa da pandemia, que deve contabilizar até o próximo mês 600 mil mortos no país, pelo descaso de um governo negacionista, que demorou para comprar as vacinas, pelas suspeitas de corrupção de integrantes do Ministério da Saúde com o envolvimento de militares; os 14,7% de desempregados; os desalentados e a fome que atinge 25 milhões de brasileiros e brasileiras, são mais do que motivos suficientes para o povo pedir "Fora Bolsonaro", ressalta Ariovaldo, listando algumas das tragédias do desgoverno.
O secretário da CUT reforça que é fundamental que os sindicatos CUTistas e os movimentos sociais organizados estejam nas ruas em peso para que o dia 24 supere as expectativas.
“A população já percebe que é preciso pôr um fim a este governo que faz escolhas desastrosas para a sociedade, e isto só será possível com manifestações nas ruas, para que Arthur Lira abra o processo de impeachment “, afirma Ariovaldo, se referindo às pesquisas sobre o impeachment e a imagem de Bolsonaro.
A última pesquisa Datafolha, realizada nos dias 7 e 8 de julho, mostrou que 54% dos brasileiros são a favor do impeachment de Bolsonaro. Para 51%, ele é um presidente ruim ou péssimo.
A pesquisa também mostrou que para a maioria dos brasileiros Bolsonaro é desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário, favorece os ricos e mostra pouca inteligência.
Bolsonaro, destruidor de políticas públicas
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, ressalta que o impeachment de Bolsonaro é para preservar as políticas públicas que estão garantidas na Constituição Cidadã, de 1988 e, para isso é preciso ir às ruas e se manifestar.
Segundo Heleno, com as propostas de privatização e cortes no orçamento em áreas essenciais, o governo quer que a população pague pelos serviços que hoje são públicos, numa postura de destruição completa do papel do Estado no atendimento das políticas públicas.
“Se o povo permitir, será o caos e pior do que já está. Por isso, é preciso ocupar as ruas, tanto os movimentos organizados, como a população em geral”, salienta.
“Tirar as pessoas da miséria, reduzir a pobreza é o mínimo que um Estado deve fazer, mas Bolsonaro acha que isto é transformar a bandeira brasileira de verde e amarela em vermelha”, acrescenta Heleno.
O dirigente da CNTE cita como exemplo de desmonte os R$ 38 bilhões retirados da educação, a partir de 2015, e que o atual governo ainda privilegia os militares com mais verbas para a Defesa.
“O país não está em guerra para retirar recursos da educação para os militares. É um tratamento desigual. Este já é um grande motivo para os professores e educadores ocuparem as ruas”, convoca o presidente da CNTE.
Cuidados sanitários
Miltinho reforça que é importante o povo ir para as ruas no dia 2 tomando todos os cuidados necessários para se proteger do novo coronavírus, como o uso de máscaras, álcool em gel e evitar aglomeração sempre que possível.
“Vamos levar as nossas bandeiras de reivindicação e de luta, pedindo o fim deste governo, mas também vamos protegidos com álcool em gel, máscara e evitar aglomeração. Todo cuidado sanitário é muito importante”, reforça o diretor executivo da CUT.
Fonte: CUT Brasil