Em solidariedade aos companheiros e companheiras da Petrobrás Biocombustíveis, o Sindipetro-RS convoca a categoria petroleira gaúcha para o Dia Nacional de Luta, nesta segunda-feira (24), às 7h, em frente à Refap.
A greve dos trabalhadores da Pbio segue por tempo indeterminado e conta com 100% de adesão nas áreas operacionais, incluindo todos os supervisores das usinas. No escritório da subsidiária, no Rio de Janeiro, mais de 80% dos trabalhadores sem funções gerenciais também participam da paralisação.
Além da luta pela preservação dos empregos, a greve denuncia os prejuízos da privatização da PBio, que foi criada em 2008, com a meta de produzir 5,6 bilhões de litros de biocombustível por ano. A subsidiária gerou milhares de empregos, movimentando a agricultura familiar, com participação em 10 usinas de etanol, produzindo 1,5 bilhão de litros por ano e 517 GWh de energia elétrica a partir de bagaço de cana. Em 2016, sob oi governo de Michel Temer, a gestão da Petrobrás anunciou a saída do setor de energia renováveis, colocando em hibernação a Usina de Quixadá, no Ceará, e vendendo a participação em diversas outras usinas. A privatização da PBio foi anunciada em julho de 2020 e atualmente encontra-se em fase final de venda das três usinas que são 100% controladas pela Petrobrás (Montes Claros, Candeias e Quixadá), que, juntas, têm capacidade de produzir mais de 570 mil metros cúbicos de biodiesel por ano.
Os trabalhadores concursados da PBIO desenvolvem trabalho competente e comprometido com o respeito social e ambiental, um conhecimento que deve ser valorizado e incorporado ao Sistema Petrobrás: "a gestão não está querendo negociar a transferência dos trabalhadores concursados para outras unidades da empresa, semelhante o que aconteceu com a Fafen-Araucária Nitrogenados", diz Miriam Cabreira.