Em reunião virtual ocorrida na tarde segunda-feira (10), as centrais e os sindicatos gaúchos que representam trabalhadores de empresas públicas ameaçadas de privatização se uniram para reforçar a pressão sobre os governos federal, estadual e municipais contra a venda de estatais.
Estiveram presentes, através da plataforma Zoom, dirigentes da CUT, CTB, CGTB, Intensindical, CSP-Conlutas, SindBancários, Fetrafi-RS, Sindiágua, Sindipetro-RS, Sintect-RS, Senergisul, Sindimetrô-RS e representantes dos funcionários da Carris.
Cada sindicato fez um relato sobre a situação de resistência e a luta em defesa de cada instituição para barrar os processos de privatização, apontando propostas para construir mobilizações conjuntas junto aos trabalhadores e à sociedade para pressionar as autoridades.
“Bolsonaro, Eduardo Leite, Sebastião Melo e outros prefeitos entreguistas querem vender a preço de banana empresas que não pertencem aos governantes de plantão, mas são de propriedade da população. Não podem se aproveitar de eventual maioria no parlamento para passar a boiada, como disse o ministro do presidente que está acobertando a destruição do meio ambiente”, afirmou o vice-presidente da CUT-RS, Everton Gimenis, que coordenou a reunião.
Para ele, que também é diretor do SindBancários, “a unidade de ação entre centrais e sindicatos vai fortalecer a resistência para barrar esse projeto neoliberal que, com o apoio da mídia tradicional, quer entregar tudo o que é público, na contramão de outros países que estão fazendo reestatizações porque os serviços pioraram e as tarifas ficaram mais caras”.
Propostas unitárias de luta contra as privatizações
Após debates, foram aprovadas por consenso várias propostas apresentadas pelos participantes, tais como:
- organizar um panfleto conjunto para esclarecer a população sobre as maldades da privatização;
- participar da carreata a ser realizada no próximo sábado, às 15h, em defesa do Banrisul, Corsan e Procergs;
- participar da audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa que será realizada nesta quarta-feira (12), às 18h30, sobre a PEC 280 que acaba com o plebiscito para privatizar a Corsan, Banrisul e Procergs;
- manifestar a apoio e solidariedade à greve dos eletricitários da CEEE, iniciada em 15 de abril, diante do corte do abono-alimentação e da contrapartida da empresa no plano de saúde, além da proposta de uma cláusula para autorizar demissões;
- promover uma plenária unitária dos trabalhadores em luta contra as privatizações, no próximo dia 31 de maio;
- realizar uma nova reunião com representantes das centrais e sindicatos na próxima segunda-feira (17), às 14h, para organizar a plenária unitária.
“O caminho é o fortalecimento da mobilização para impedir a entrega das estatais, assim como é preciso derrotar o desmonte dos serviços públicos e dos direitos dos servidores, através da PEC 32/2020, a reforma administrativa do Bolsonaro e do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes”, concluiu Gimenis.
Fonte: CUT-RS