Nov 25, 2024

Eletricitários em greve contra retirada de direitos e demissões

 

Na sexta-feira (7), os trabalhadores da CEEE completaram 23 dias de greve contra a retirada de direitos. A categoria quer a manutenção do acordo coletivo, que venceu em 28 de fevereiro. 

A greve iniciou dia 15 de abril, após o leilão de privatização da CEEE Distribuidora, que ocorreu dia 31 de março. Diariamente são realizados piquetes virtuais através de uma plataforma online, quando os trabalhadores avaliam a mobilização e definem encaminhamentos.

Segundo o Sindicato dos Eletricitários, em vez de renovar o ACT, a atual direção da empresa cortou o pagamento do bônus alimentação e a contrapartida da empresa no plano de saúde da categoria, em meio à pandemia do coronavírus, prejudicando o atendimento de saúde.  Além disso, desde o governo Sartori os eletricitários estão sem reajuste nos salários e nas cláusulas econômicas.

Os trabalhadores também estão preocupados com a cláusula proposta pela empresa que estabelece demissões em massa. Para o Sindicato, isso significa que os desligamentos estariam autorizados pelo acordo coletivo, o que representaria a perda de diversas verbas rescisórias, como a multa sobre o FGTS, além da renúncia ao seguro-desemprego e da quitação de direitos. A direção da empresa também retirou da negociação os seis meses de estabilidade no emprego que o governador assegurou aos deputados após a troca do controle acionário da empresa.

Já houve reunião de mediação com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Como não houve acordo, foi instaurado julgamento de Dissídio Coletivo no TRT-4, ainda sem data marcada.

O Sindicato denuncia que o ataque a direitos e ameaças de demissão estão relacionadas diretamente a privatização da empresa. Para o Senergisul, o objetivo é baratear o custo da empresa para os novos donos do setor privado.

Também está em andamento a venda das empresas de transmissão e de geração de energia da CEEE, após aprovação, em primeiro turno, de uma emenda constitucional pelos deputados governistas na Assembleia Legislativa, que acabou com o plebiscito para a privatização da CEEE, CRM e Sulgás.

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