Nov 25, 2024

Com irregularidades trabalhistas, empresa MVS Engenharia prejudica trabalhadores. Sindipetro culpa Petrobrás por falta de fiscalização

 

Com irregularidades trabalhistas, empresa MVS Engenharia prejudica trabalhadores. Sindipetro culpa Petrobrás por falta de fiscalização

A empresa MVS Engenharia que presta serviços à UN-BA nas áreas de manutenção elétrica e operação de carro munck, conhecido também como guindauto, está atuando com uma série de irregularidades e causando grandes prejuízos aos seus empregados. Há dois meses esses trabalhadores estão com dificuldade para se alimentar porque a MVS não paga o ticket-refeição. A empresa também não está pagando as horas extras e, mensalmente, atrasando em até 10 dias o pagamento dos salários.

Outro problema é com a assistência médica que é contratual e obrigatória. Muitos trabalhadores que têm procurado as clínicas credenciadas ao plano de saúde Nordeste em cidades como Alagoinhas e Catu, não estão conseguindo atendimento. O que adianta ter plano de saúde se ele não funciona? Ficar sem cobertura médica em um momento critico da pandemia da Covid-19 como vivemos hoje é ainda mais grave e preocupante.

Os trabalhadores denunciaram também que a empresa não está depositando o valor mensal devido nas contas do FGTS.

Com sede em Candeias, além dos dois contratos que tem na UN-BA, a MVS também presta serviço à RLAM e PBIO.

O que está ocorrendo na Petrobrás? Empresas terceirizadas que pagam salários e tickets-alimentação e refeição com atrasos, que não depositam FGTS e dão calote nos trabalhadores, rescindo os seus contratos e não pagando as verbas trabalhistas, vão, pouco a pouco, deixando de ser exceção.

Para o diretor de comunicação do Sindipetro Bahia, “está faltando uma fiscalização mais rígida por parte da Petrobrás, assim como a urgente necessidade da gestão da estatal tratar essa questão com mais seriedade. A Gerência Geral da UN-BA precisa estar mais comprometida com a situação dos trabalhadores e trabalhadoras dessas empresas prestadoras de serviços”.

Em qualquer empresa que se preze, principalmente em uma de grande porte como a Petrobrás, a licitação para prestação de serviço deve levar em conta preço, qualidade de serviço prestado e a capacidade da empresa contratada prestar esse serviço, garantindo todos os direitos dos seus trabalhadores.

Mas o que vemos hoje é a precarização das relações trabalhistas em uma grande empresa como a Petrobrás que vem optando por escolher prestadoras de serviços que apresentam preços de contratos reduzidos, mas impõem aos seus empregados péssimas condições de trabalho e não cumprem com suas obrigações trabalhistas, que são direitos garantidos nos acordos coletivos de trabalho ou mesmo na legislação.

A direção do Sindipetro Bahia cobra a imediata regularização dessa situação e uma postura mais dura e rigorosa da Petrobras com a fiscalização dessas empresas.

Fonte :  Sindipetro Bahia

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