Com irregularidades trabalhistas, empresa MVS Engenharia prejudica trabalhadores. Sindipetro culpa Petrobrás por falta de fiscalização
A empresa MVS Engenharia que presta serviços à UN-BA nas áreas de manutenção elétrica e operação de carro munck, conhecido também como guindauto, está atuando com uma série de irregularidades e causando grandes prejuízos aos seus empregados. Há dois meses esses trabalhadores estão com dificuldade para se alimentar porque a MVS não paga o ticket-refeição. A empresa também não está pagando as horas extras e, mensalmente, atrasando em até 10 dias o pagamento dos salários.
Outro problema é com a assistência médica que é contratual e obrigatória. Muitos trabalhadores que têm procurado as clínicas credenciadas ao plano de saúde Nordeste em cidades como Alagoinhas e Catu, não estão conseguindo atendimento. O que adianta ter plano de saúde se ele não funciona? Ficar sem cobertura médica em um momento critico da pandemia da Covid-19 como vivemos hoje é ainda mais grave e preocupante.
Os trabalhadores denunciaram também que a empresa não está depositando o valor mensal devido nas contas do FGTS.
Com sede em Candeias, além dos dois contratos que tem na UN-BA, a MVS também presta serviço à RLAM e PBIO.
O que está ocorrendo na Petrobrás? Empresas terceirizadas que pagam salários e tickets-alimentação e refeição com atrasos, que não depositam FGTS e dão calote nos trabalhadores, rescindo os seus contratos e não pagando as verbas trabalhistas, vão, pouco a pouco, deixando de ser exceção.
Para o diretor de comunicação do Sindipetro Bahia, “está faltando uma fiscalização mais rígida por parte da Petrobrás, assim como a urgente necessidade da gestão da estatal tratar essa questão com mais seriedade. A Gerência Geral da UN-BA precisa estar mais comprometida com a situação dos trabalhadores e trabalhadoras dessas empresas prestadoras de serviços”.
Em qualquer empresa que se preze, principalmente em uma de grande porte como a Petrobrás, a licitação para prestação de serviço deve levar em conta preço, qualidade de serviço prestado e a capacidade da empresa contratada prestar esse serviço, garantindo todos os direitos dos seus trabalhadores.
Mas o que vemos hoje é a precarização das relações trabalhistas em uma grande empresa como a Petrobrás que vem optando por escolher prestadoras de serviços que apresentam preços de contratos reduzidos, mas impõem aos seus empregados péssimas condições de trabalho e não cumprem com suas obrigações trabalhistas, que são direitos garantidos nos acordos coletivos de trabalho ou mesmo na legislação.
A direção do Sindipetro Bahia cobra a imediata regularização dessa situação e uma postura mais dura e rigorosa da Petrobras com a fiscalização dessas empresas.
Fonte : Sindipetro Bahia