No sábado, 1º de Maio, integrando as atividades do DIA DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA, o SINDIPETRO-RS, em conjunto com o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), realizou mais uma edição da campanha “Gás a Preço Justo”. A atividade, que faz parte da campanha “Petrobrás Fica no RS”, ocorreu na parte da tarde, em três locais diferentes, no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. A descentralização da atividade foi para evitar aglomeração, em função da pandemia, protegendo a população. Os botijões foram vendidos ao custo de R$ 35,00 e o restante do valor foi subsidiado pelo Sindicato.
Entre os objetivos da campanha está o de mostrar aos cidadãos,que a política de preços para o gás é, principalmente, uma decisão política. Só que no governo Bolsonaro, esta política tem favorecido os acionistas e prejudicado fortemente o povo brasileiro, que empobrece cada vez mais.
E como era uma ação alusiva ao 1º de Maio, além de denunciar a atividade incorporou a luta pela urgência na vacinação contra a Covid-19 de toda a população brasileira, o aumento do auxílio emergencial (tanto em seu valor, para R$ 600 – o atual auxílio oferece entre R$ 150 e R$ 375 – como em sua abrangência) para mais brasileiras e brasileiros.
Somente este ano, o governo e a direção da empresa já aumentaram os preços da gasolina em 46,2%; do diesel em 41,6%; e do gás de botijão em 17%. No caso do gás, trata-se de uma política perversa, que ignora que a maioria das famílias (91%), usam botijões de gás para cozinhar, e apenas 8% têm gás encanado (o gás natural). (Dados do IBGE/2019).
E sempre é bom lembrar: em 2019, primeiro ano de governo Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu que os botijões teriam queda no preço, chegando a R$ 35. Hoje, dois anos depois, os preços variam de R$ 85 até R$ 120 em alguns estados.
RUIM, MAS AINDA PODE PIORAR
Para piorar, o governo determinou que a partir deste 1º de maio, o gás natural vendido às distribuidoras terá um aumento de 39%. Esse reajuste não tem um impacto direto para os consumidores. Mas se engana quem acha que não será atingido.
Como este gás é destinado principalmente para a indústria e geração de energia elétrica, o reajuste entra na composição de preços, que acaba sendo repassado ao consumidor final.
A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) alerta que, com o peso que o gás tem para a indústria, os produtos vendidos deverão sofrer reajustes. Itens como fertilizantes, siderurgia, vidro, papel e celulose, química, cerâmica, cimento e alumínio são setores que sofrerão os reajustes.
AÇÃO IMPORTANTE
Por isso, ações como a do SINDIPETRO-RS são tão importantes. Elas provocam um diálogo com a população e abrem a possibilidade de esclarecer concretamente as razões do gás estar custando tão caro.
A ação tem deixado claro que gás a preço justo, só poderá ser garantido com uma Petrobrás pública e com um governo que priorize as necessidades do povo. Por isso, esta ação é casada com a campanha “Petrobrás Fica no RS”.
É, também, uma forma de transformar em realidade, um assunto tão espinhoso como é a política de preços da Petrobrás, mas que afeta diretamente a mesa de cada família. E no dia 1º de maio, não podia ter uma forma tão importante de homenagear os trabalhadores como mostrando, para toda a sociedade, a importância de estarem juntos - trabalhadores e demais setores da sociedade - lutando para que todos tenham uma vida melhor e mais digna.
Ações semelhantes também foram realizadas pelos petroleiros em outras cidades do país.