É com imenso pesar que informamos o falecimento do companheiro José Eray Martins. Mais uma vida silenciada pela Covid-19, Eray era natural de Lavras do Sul e se despede da vida aos 79 anos de idade.
O silêncio não fazia parte da sua vida. Um lutador, que enfrentou as dificuldades da pobreza e do racismo e foi atrás do seu sonho, pois desde criança o petróleo brasileiro lhe fascinava. Em 1962 se tornou um petroleiro. Participou das obras da Refap, viu o exército ocupar a refinaria, se formou em Comunicação Social. Em 1964 começou a sua militância sindical, sendo um dos fundadores do Sindipetro-RS, sempre atribuindo as conquistas dos petroleiros a luta sindical. Se aposentou das máquinas em 1991, mas não deixou de lado a luta e a defesa da Petrobrás. Carregava a Petrobrás em seu DNA. Em 2009, mobilizou parlamentares para recolocar a Torre do Petróleo em seu local de origem, na Praça da Alfândega, centro de Porto Alegre. Não tinha tempo ruim para o Eray quando se tratava de defender os interesses da categoria e do petróleo brasileiro. Sempre presente nos Congressos, nas mobilizações e nas confraternizações, ele sabia transitar entre todos. Se intitulava o "Ombudsman" dos boletins do Sindicato. Prestava atenção nos detalhes, corrigia, elogiava, sugeria. Era um acolhedor, sabia reconhecer as virtudes alheias. Lutava por justiça e igualdade. Um amante das artes, fez várias participações em filmes e teatros. Foi um dos idealizadores do grupo de teatro Tanabeira, que reúne petroleiros e petroleiras aposentados... Hoje a luz do palco se apagou e o seu conhecido timbre de voz se calou de vez. Não terá risos, o cenário é de tristeza. Eray foi um protagonista e a nossa tarefa é aplaudir.
Eray, Presente!
Homenagem da Diretoria e funcionários do Sindipetro-RS