"Petrobras poderia ter subsídio focado para caminhoneiro, diz Parente". Essa foi uma das manchetes de ontem(03/03) do jornal Valor.
Ou seja, após todo o estrago feito pela política de Preço de Paridade de Importação (PPI), implantada por Pedro Parente em 2016, logo após assumir a presidência da Petrobrás, no rastro do golpe do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, ele agora propõe que caminhoneiros sejam protegidos de sua política, mas defende que a conta dos lucros dos acionistas privados continue sendo paga pelos brasileiros.
Segundo Parente, o melhor modelo para a política de preços de combustíveis da Petrobras seria na linha de fazer um subsídio bastante dirigido e bastante focado para caminhoneiros. “Como um cartão de caminhoneiro, o que certamente é algo complexo, mas é certamente melhor do que abrir mão de receita pública, beneficiando os consumidores em geral de diesel e de gasolina”, afirmou durente entrevista ao Valor.
Indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para presidir a Petrobrás no governo Temer, Pedro Parente deu início ao maior desmonte da história da estatal, à entrega de blocos do pré-sal às empresas concorrentes e à política de preços abusivos da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que obriga os brasileiros a pagarem com preço internacional e de importação combustíveis produzidos no país, com custos nacionais. A política privatista de transferência de renda dos brasileiros para os acionistas privados da Petrobrás foi intensificada pelo governo Bolsonaro e o resultado é a desnacionalização da estatal e a desindustrialização do país.
Os consumidores e o povo brasileiro em geral agora sofrem as consequências desse desmonte, com aumento do desemprego e o empobrecimento de regiões onde a Petrobrás está se retirando, como os estados e municípios do Norte, Nordeste e Sul do país.
A consequência da política de preços dos derivados implantada por Pedro Parente e mantida pelo atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, é um aumento de 73,3% no preço da gasolina comercializado nas refinarias, 54,8%, no preço do diesel e 191,9% no valor do GLP (gás de cozinha). Essa é a variação dos preços desde outubro de 2016, segundo levantamento feito pela subseção do Dieese na FUP.
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