Com a realização de 2º turno da eleição em Canoas, o Sindicato publicou uma carta aberta no jornal Diário de Canoas, desse final de semana, alertando para as consequências da privatização da Refap e cobrando dos candidatos, uma posição sobre a questão. Confira, abaixo, a íntegra do documento:
A Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), localizada em Canoas, juntamente de seus dutos, terminais e a Usina Termelétrica Canoas estão em processo de privatização. A direção da Petrobrás está conduzindo o processo sem a devida participação da sociedade e a devida discussão dos impactos dessa decisão. Se concretizada, a privatização significará a saída total da Petrobrás do Rio Grande do Sul.
O principal prejuízo para a cidade de Canoas se dá na arrecadação de ICMS, devido a forma de contabilização do petróleo, conforme já denunciado pela própria Secretaria Municipal da Fazenda de Canoas, em 2019. As estimativas da prefeitura são de uma queda na arrecadação perto dos R$ 100 milhões por ano. Cabe salientar que parte desses recursos viabiliza os investimentos em saúde, educação, segurança e mobilidade urbana.
Existem muitos outros impactos previstos, como a arrecadação de royalties, risco de desabastecimento e redução do número de empregos. As consequências ainda podem resultar em formação de monopólio privado no fornecimento de combustíveis, queda da segurança no entorno das unidades e prejuízos sociais e ambientais.
A história da indústria do petróleo já evidencia que a redução do número de trabalhadores está diretamente relacionada a grandes acidentes industriais. A segurança dos munícipes está ameaçada, pois uma refinaria com alto grau de complexidade cairá nas mãos de quem só visa o lucro. A tragédia da Vale e o apagão no Amapá são exemplos recentes dos prejuízos que a política privatista traz aos cidadãos. Desta forma, nós petroleiros e petroleiras do RS queremos saber qual a posição dos candidatos à Prefeitura de Canoas em relação a este tema tão importante aos canoenses.
Sindicato dos Petroleiros do RS