Nov 25, 2024

Agora é a hora de fazer a sua escolha

 

No próximo domingo, dia 15 de novembro, ocorre a eleição que irá definir os prefeitos e vereadores dos municípios. Nas cidades que o pleito não for definido no primeiro turno, provável caso de Porto Alegre e Canoas, por exemplo, haverá segundo turno dia 29 de novembro.

Estas eleições acontecem num momento delicado, onde cada voto terá que ser ainda mais bem pensado e avaliado. No caso especial dos petroleiros, esta reflexão é fundamental.

Está instalado hoje no País um projeto de total e rápida destruição da Petrobrás, com reflexos nos acordos coletivos, nas condições de trabalho, na saúde e segurança, e nos próprios empregos, só para citar alguns fatores. Mas os estragos desta política não se limitam a categoria e atingem também a população, com os altos custos da gasolina e do gás de cozinha, que impactam diversos segmentos e se reproduzem em outros produtos/serviços. Este projeto é representado por Bolsonaro, seu Ministro da Economia, Paulo Guedes, um ultraneoliberal privatista, e pelos partidos que dão sustentação ao governo.

RESISTÊNCIA COMEÇA NOS MUNICÍPIOS

Muitos podem se perguntar o que as eleições municipais têm a ver com as decisões da Petrobrás, que ocorrem em nível de governo federal. Mas esta distância não é assim tão grande.

De fato, as decisões sobre a Petrobrás se dão em nível nacional. Mas é nos municípios que inicia a eleição, ou não, de um projeto que dê continuidade a este desmonte ou que interrompa esta política. A eleição de uma forte base municipal de prefeitos e vereadores de partidos alinhados com o projeto político representado pelo governo Bolsonaro, dificilmente será uma oposição às intenções do governo de privatizar a Refap, por exemplo. E essa situação não está posta apenas em Canoas, onde a Refinaria está instalada, ou Osório, onde estão mais unidades que serão vendidas, mas vale também para outros municípios que serão atingidos diretamente ou não pela saída da estatal do RS.

O contrário também é válido. A eleição de prefeitos e vereadores que se contraponham ao projeto de privatização – e não só da Petrobrás, mas do conjunto das estatais – que vem sendo acelerado pelo governo, pode significar uma importante resistência às intenções de Bolsonaro e uma força importante para lutar ao lado dos petroleiros contra a privatização da Petrobrás. Ou seja, a resistência ao projeto político de privatização começa nos municípios.

Não por acaso o governador Eduardo Leite (PSDB) ainda não se posicionou categoricamente contra a venda da Refap, dutos e terminais, além da UTE, mesmo com evidências concretas de enormes prejuízos para o Estado. O seu partido é aliado do governo Bolsonaro, o que dificulta e até elimina a possibilidade de apoio à luta contra a privatização. Além de serem partidos que são historicamente privatistas.

 

NÃO PODEMOS ELEGER QUEM JOGA CONTRA OS TRABALHADORES

 

Estas são questões que devem estar na agenda dos trabalhadores até o dia 15 de novembro e que devem ganhar concretude nas urnas. Não podemos eleger representantes para as prefeituras e Câmaras de Vereadores que estarão lá para atuar contra os interesses dos trabalhadores e da Nação, e que concordem com a destruição de uma das maiores empresas brasileiras e fundamental para o desenvolvimento do país, especialmente depois de uma pandemia.

Durante esta semana se informe, conheça a trajetória política dos candidatos, apure como votaram em propostas como a reforma trabalhista, a da previdência e outras medidas que prejudicaram duramente os trabalhadores e, principalmente, como estes partidos agiram ou vêm agindo em relação a Petrobrás e antes de votar, reflita bastante. Só depois disso faça sua escolha.

 

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