Nov 25, 2024

Cultura: Abelha do Mar - por Maurício Ramos

 

Em meio ao caos em que estamos vivendo, com a crise do coronavírus, a venda das refinarias e a possibilidade da saída da Petrobrás do RS, a angústia e o medo podem se refletir de diferentes formas. Escrever é uma delas.

O nosso colega Maurício Ramos, da Manutenção da Refap, descobriu na pandemia um talento até então camuflado. Desde o início do ano, ele vem escrevendo poemas e no último dia 19 ele escreveu a "Abelha do Mar", um poema que reforça a necessidade da luta e resistência em defesa da Petrobrás. E o talento artístico é de família, já que o poema foi ilustrado pelo seu filho Arthur, de apenas 12 anos.

Abelha do Mar”

(Por Maurício Ramos)

Existe uma abelha,
Bem brasileira, verde-amarela.
Aqui está ela, explorando seu mel
No fundo do mar, neste mar sentinela.

Este mel é profundo
Fica abaixo do Sal
E aqui neste mundo
Ele é o óleo do mal

São inúmeras guerras
Ao longo dos tempos
Por um óleo extraído
Que se vai como os ventos.

Você minha guerreira
Minha abelha primeira
Aqui do meu povo, tu és verdadeira
És Petrobrás, a mais brasileira.

Não deverias, por esses fascistas
Estar sendo judiada
Vendida, picada,
Traída, esmagada.

Hei de lutar
Por ti minha rainha
Que da terra e do mar
Faz a tua vinha.

São tempos escuros
Que a ti impuseram
Mas os brasileiros,
Petroleiros disseram:

- O Petróleo é nosso!
É assim que queremos
Do poço ao posto,
Esses são nossos termos.

Luta e resistência,
Aqui se ouviu,
“Defender o Petróleo,
É defender o Brasil.”

- Fora daqui!
Ladrões desalmados,
Que entregam o país
À gringos, nem armados.

Teu povo que chora
Sem esperança, implora
Tem fome, tem sede de glórias
E tu governante, a ele ignora.
O mel se esvai
O poço esvazia
A abelha retorna
Nova energia ela cria

És tu Petrobrás
Esta abelha vistosa,
Que neste Brasil
Serás vitoriosa!

 

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