Para conhecer mais o trabalho da Ariane, acesse no Instagram @anamarianiada e @ariane.olive

Quem trabalha na Refap conhece, ou pelo menos já ouviu falar, do casal Ana Niada e Sidnei Borges. Companheira do PRHDT, Ana completou 18 anos na refinaria e Sidnei já dedicou 25 anos da sua vida à Petrobrás. O que alguns ainda não sabem é que a Ana e o Sidnei são pais de uma Artista Visual, dessas com A maiúsculo mesmo, que aos 30 anos de idade já coleciona diversas exposições e produções artísticas. Ela é a Ariane Oliveira, uma mulher que carrega o sangue petroleiro nas veias enquanto constrói o seu próprio caminho. Mestranda em Artes Visuais, pela UFRGS, além da graduação na área, ela também é formada em Ciências Jurídicas e Sociais pela mesma Instituição. Em meio a pandemia, a Ariane vem trabalhando em dois projetos: a edição de um livro de artista, "Devaneios do Desejo" e a organização de um livro com relatos de trabalho de um grupo universitário, do qual fez parte, o Coletivo Fila. O Sindipetro-RS conversou com a petroleira Ana Niada, que falou com orgulho da trajetória da filha artista.

SINDIPETRO-RS: Como foi a infância da Ariane, vocês priorizavam o acesso à cultura? Em que momento tu recordas ter "apresentado" ações culturais para a Ariane?

ANA: Tanto o Sidnei como eu amamos arte e cultura. Quando a Ariane tinha um ano, ele comprou uma máquina fotográfica Zênite, não imaginávamos naquela época que essa seria a máquina fotográfica que a Ariane usaria no início do trabalho dela como artista visual. Desde bebê nossos presentes para ela incluíam os livros. E eu sempre contei histórias para ela dormir. Também lia poesia de Mário Quintana, Carlos Drumond de Andrade e Fernando Pessoa. [...] Quando a Ariane tinha sete anos, durante meu intervalo de trabalho, a gente almoçava junto e visitava o MARGS, a Casa de Cultura Mário Quintana, a Bienal do Mercosul. Ela adorava!

SINDIPETRO-RS: Quando notou que a Ariane tinha sensibilidade para a arte?

ANA: Como a maioria dos pais, temos muitos "trabalhinhos " de quando a Ariane era criança guardados e alguns emoldurados. Nas viagens, começamos a ver o interesse crescente dela por arte. Enquanto a maioria das pessoas quer visitar os cinco museus mais conhecidos em apenas uma viagem, ela preferia visitar apenas um único museu com calma, com atenção e tempo para cada trabalho.

SINDIPETRO-RS: Como mãe, como é a sensação de ver um trabalho da Ariane?

ANA: Quando vejo um trabalho da Ariane, de um lado sou como qualquer pessoa que não é especialista em arte: gosto de muitos trabalhos e tem outros que não me agradam. Com o tempo, fui percebendo que a Ariane tem um trabalho denso que passa o sentimento dela sobre assuntos difíceis da vida. É sempre motivo de orgulho ver os trabalhos dela. Temos na origem da nossa família agricultores e operários. No Brasil, há um sistema que limita as pessoas: se você nasce numa família de operários, certamente você vai ser operário. Do nosso jeito, nós quebramos com essa engrenagem que impede as pessoas de realizarem seu potencial. Olho para os trabalhos da Ariane e vejo que significam superação. A Ariane não está apenas trilhando um caminho novo na nossa família, ela está construindo este caminho!

SINDIPETRO-RS: Como gostarias de promover o trabalho da Ariane?

ANA: Sou divulgadora e admiradora do trabalho dela desde o início. Pelas redes sociais e de toda as formas que posso estou sempre convidando as pessoas para visitarem as exposições. Neste ano, a Ariane está com dois projetos aprovados na Lei de Incentivo à Cultura. Estamos muito contentes com o apoio dos colegas da Petrobrás que têm sido incentivadores do trabalho dela. Já conseguimos 20% do valor dos projetos. Meu trabalho de formiguinha para divulgação está tendo resultado. Como mãe, quero que as pessoas conheçam o trabalho como artista visual. É um trabalho muito amplo, envolve fotografia, pintura e escrita. Serão publicados dois livros. Quero que as pessoas leiam os livros. Simples assim!

Para conhecer mais o trabalho da Ariane, acesse no Instagram @anamarianiada e @ariane.olive