A Médica do Trabalho e doutora em Psicologia Social, Margarida Silveira Bueno, alerta para o crescimento do assédio moral durante a pandemia, tanto no trabalho presencial como home-office, e destaca suas consequências à saúde física e emocional das vítimas. Para a especialista, as formas de pressão não podem ser vistas como algo natural, e por isso ela chama ao enfrentamento, pelos Sindicatos, unidades do Cerest, órgãos de direitos humanos e outros. Ela defende que o assédio seja registrado em CAT, em e-mail ou mesmo num relato escrito pela pessoa. Tudo isso, diz ela, pode formar provas e dar materialidade ao assédio. “Não basta encaminhar o caso ao advogado.
O dirigente sindical também tem que se informar sobre o ambiente de trabalho onde o problema é gerado e dar combate, porque o assédio, no final das contas, é uma forma de violência”, diz a médica.