Neste fim de semana, circulou o alerta sobre a aprovação pelo Conselho de Administração da Petrobrás (CA), em reunião no dia 29 de julho, da alteração pelo CA da Política de Governança Corporativa e Societária, substituindo a expressão “Sistema Petrobrás” por “Petrobrás e suas participações societárias” ou “Participações Societárias da Petrobrás
Gostaria de esclarecer que, embora tenha divergido e contestado quanto à proposta de mudança e seus argumentos, fui voto vencido na reunião.
A denominação “Sistema Petrobrás” foi estabelecida na década de 80, baseada no conceito de “sistema” dentro da doutrina de Administração, que descreve a essência do que é a Petrobrás até aqui: uma grande empresa e suas subsidiárias, dinamicamente inter-relacionadas trabalhando para atingir seus resultados, ou seja, uma empresa integrada.
Essa mudança visa atender à atual visão prevalecente na companhia: “A melhor empresa de energia em geração de valor ao acionista com foco em óleo e gás…”, para maximizar o retorno do investimento e reduzir custos.
Para isso, objetivam se concentrar nas atividades mais rentáveis, reduzindo sua presença aos estados do Rio e São Paulo, ou seja, apequenando essa gigante que está presente em quase todo território nacional.
Com tamanha redução da presença e das atividades da companhia, nesse “futuro” chamar-se-á ainda Petrobrás?
A Petrobrás que queremos e defendemos é uma Petrobrás forte e integrada, com uma visão de longo prazo para que continue sendo uma das maiores empresas de energia do planeta, respeitada, eficiente, rentável e com compromisso com seus acionistas, principalmente seu acionista controlador, o Estado e o povo brasileiro.
Fonte: Rosangela Buzzanelli