O 1º de Maio, dia internacional do trabalhador e da trabalhadora, será bem diferente em 2020 no Brasil e no mundo, diante da quarentena e do isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
No Brasil, a CUT e as centrais definiram uma programação unitária, virtual e cultural para marcar a data reconhecida como uma das mais importantes para apresentar as pautas e reivindicações da classe trabalhadora, que este ano envolvem não só o enfrentamento da pandemia, mas também medidas diante das crises política e econômica e institucional, e dos ataques permanentes aos direitos sociais e trabalhistas.
Solidariedade, saúde, emprego, renda e democracia são as principais bandeiras definidas pelas centrais em âmbito estadual e nacional.
Fora Bolsonaro
Em Porto Alegre, a CUT e as centrais no Rio Grande do Sul promovem uma live, das 9h30 às 11h30, com a participação das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimentos sociais, partidos aliados, senador Paulo Paim, ex-governador Olívio Dutra e atrações culturais.
A transmissão será feita pela Rede Soberania e compartilhada pela CUT-RS, federações e sindicatos, formando uma grande rede de comunicação.
“Mesmo sem tomar as ruas e as praças, vamos levantar a nossa voz em defesa da democracia e pelo afastamento de Bolsonaro, cujo governo já mostrou que veio para continuar o golpe contra os direitos do povo brasileiro e, apesar da pandemia, não para de fazer medidas provisórias, projetos de lei e decretos que atacam a vida, a saúde, o emprego e a renda das pessoas”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.
Haverá entrega de doações de cestas básicas de alimentos e máscaras de proteção para famílias vulneráveis, muitas passando fome e mais expostas à contaminação do coronavírus. “É trabalhador ajudando trabalhador na resistência pelo direito à vida”, salienta Amarido.
Ato nacional
Em São Paulo, a CUT e as centrais realizam uma live nacional, das 11h30 às 15h30, igualmente unificada e digital, com a presença de vários artistas e falas de dirigentes sindicais, religiosos, representantes dos movimentos sociais e políticos.
“Estamos construindo um 1º de Maio de solidariedade de classe, que não é apenas na distribuição de alimentos e coleta financeira para matar a fome de muitos, é também de fazer a defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras, formais e informais, que não têm condições, muitas vezes, de ter um prato para comer. E essa solidariedade não poderia sair de outro lugar, a não ser da própria classe trabalhadora de ajuda mutua”, destaca a secretária-geral da CUT Nacional, Carmen Foro.
Panelaço
À noite, às 20h, será realizado um panelaço para aumentar o barulho nas janelas e nas calçadas pelo Fora Bolsonaro. O presidente é uma ameaça aos direitos da classe trabalhadora, ao Estado Democrático de Direito e à Constituição.
Fonte: CUT-RS com CUT Brasil