Sindicato dos trabalhadores do Correio e Telégrafos do RS manifesta solidariedade a luta dos petroleiros. Leia a nota na íntegra:
Os petroleiros estão em greve desde a zero hora do dia 1º de fevereiro de 2020. O movimento é nacional e já tem a adesão de milhares de trabalhadores da Petrobrás em mais de 10 Estados. O movimento paredista é contra as mais de 1000 demissões anunciadas na fábrica de fertilizantes (Fafen-PR), o descumprimento de várias cláusulas do Acordo Coletivo e o brutal processo de desmonte que vem ocorrendo na empresa, com vistas a privatização.
Os petroleiros também vêm denunciando à população os prejuízos para toda a sociedade com a privatização da Petrobrás e a política equivocada em relação aos preços dos combustíveis e gás de cozinha, que beneficia apenas as empresas estrangeiras, os acionistas e penaliza o povo.
A venda da Refap, em Canoas, acabará com a presença da Petrobrás no Estado, com aumento do desemprego, tanto entre os trabalhadores da refinaria como de diversos setores que têm seus negócios ligados ao setor petróleo. Isso sem contar a arrecadação de milhões de reais em diversos municípios onde a empresa está presente. Somente em Canoas, a Fazenda já admitiu a perda de mais de 100 milhões de reais/ano, valores suficientes para a construção de quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
A privatização da Petrobrás representa a entrega de uma das maiores riquezas brasileiras a grupos estrangeiros que não têm qualquer compromisso com o Brasil. Tanto que entre as 25 maiores empresas de petróleo do mundo, 19 são estatais que atuam em toda a cadeia, da exploração, refino a distribuição. Fazem isso porque sabem a importância do setor petróleo para alavancar o desenvolvimento e para a soberania nacional de qualquer país.
Mas no Brasil, o governo Bolsonaro, na contramão do mundo e beneficiando apenas os acionistas e as empresas estrangeiras, boa parte delas americanas, está entregando o petróleo brasileiro.
Lutar para defender a Petrobrás é dever de cada cidadão. Esta empresa, junto com o Correios, a Eletrobras, a Casa da Moeda, a DataPrev, entre outras, representam a possibilidade de o Brasil atingir um outro patamar de desenvolvimento. Privatizar estas e tantas outras empresas, como quer o governo Bolsonaro, lacaio do capital, é condenar o Brasil ao desemprego, ao subdesenvolvimento, a miséria e a submissão.
Somos todos petroleiros!
Não à privatização da Petrobrás e de nenhuma outra empresa pública!
https://sintectrs.org.br/portal/2020/02/todo-apoio-a-greve-dos-petroleiros/