O Sindipetro-RS informa que, diante da decisão do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, a greve dos trabalhadores que estava programada para se estender até sexta-feira (29), foi suspensa na manhã dessa terça-feira (26), em decisão tomada na Delegacia de Canoas, com a participação da categoria.
Na segunda-feira (25), por decisão monocrática, o ministro decidiu suspender o repasse das mensalidades dos Sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), bem como o bloqueio cautelar das contas das entidades.
Para o presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia, a decisão do TST se mostrou totalmente arbitrária, inédita, mas não surpreendente, diante da conjuntura política que o Brasil se encontra. "Deixamos claro que a greve dos petroleiros não tinha o objetivo de causar desabastecimento ou qualquer prejuízo à população. Não houve interrupções de trabalho e corte de rendição. Todos os setores e trabalhadores estavam operando normalmente. As nossas mobilizações visavam ações solidárias, como doação de sangue e postos com preços justos. O nosso objetivo era levar ao conhecimento dos gaúchos os impactos e os prejuízos que a Petrobrás vai causar ao estado, caso ela nos abandone. Preços dos combustíveis vão subir, municípios vão falir e o estado vai quebrar ainda mais. A nossa greve não era ideológica e nem corporativista, era um alerta, um clamor às autoridades para que não deixem a Petrobrás dar adeus ao Rio Grande do Sul".