Petroleiros do RS entram em greve a partir do primeiro minuto de segunda-feira, 25. A greve foi aprovada em assembleias realizadas do dias 18 a 21 de novembro. As assembleias referendaram a pauta "empregabilidade e segurança", com as exigência de cumprimento das cláusulas 41, 73, § 9º e 86 do ACT 2019/2020 e de greve por prazo determinado entre a 00h do dia 25/11 até às 23h59 do dia 29/11.
As assembleias acataram o indicativo da FUP de aprovação do movimento, especialmente frente as ações unilaterais dos gestores da Petrobrás que estão descumprindo o ACT, pactuado após medição feita pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
No mesmo dia em que encerraram as assembleias aprovando a greve dos petroleiros em defesa dos empregos e por segurança, a Petrobrás informou, através de comunicado, que iniciava a fase vinculante da venda das quatro primeiras refinarias, entre elas a Refap. De acordo com o documento, o processo inicia em novembro de 2019 e encerra em fevereiro de 2020.
Privatizações, demissões e insegurança
Só nesta última semana, a Petrobrás anunciou a assinatura do contrato de venda da Liquigás, o arrendamento por dez anos das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN’s) e o início da fase vinculante do processo de privatização de quatro das oito refinarias que estão sendo vendidas.
São mais de 13 mil empregos diretos e indiretos que estão em risco. Para onde vão estes trabalhadores? Como ficam as condições de segurança das unidades que estão sendo privatizadas e das comunidades em seu entorno?
“Está havendo um brutal corte de trabalhadores na Petrobrás. Nos últimos cinco anos, um em cada quatro trabalhadores efetivos da Petrobrás foi desligado da empresa. Entre os terceirizados, foram dois em três”, alerta o coordenador da FUP, José Maria Rangel, lembrando que 270 mil trabalhadores, entre próprios e terceirizados, já perderam seus postos de trabalho em função do desmanche do Sistema Petrobrás.