A gestão bolsonarista da Petrobrás alterou o nome de 11 usinas termelétricas que durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva haviam sido batizadas em homenagem a líderes populares, intelectuais e políticos, a maioria deles ligados à defesa da soberania nacional.
Veja a íntegra da nota publicada pelo jornalista Ancelmo Gois em sua coluna no O Globo:
"A Petrobras alterou os nomes de 11 de suas usinas termoelétricas (UTE), que no governo Lula ganharam nomes de personalidades, quase todas de esquerda ou nacionalistas.
Nem mesmo o índio Sepé Tiarajú (1723-1756), que morreu durante a batalha em que tentava proteger 30 mil índios de uma remoção feita pelo exército unificado dos reinos de Portugal e Espanha, e cujo processo de canonização corre no Vaticano, escapou.
A lista de cassados inclui também Aureliano Chaves, Barbosa Lima Sobrinho, Euzébio Rocha, Fernando Gasparian, Leonel Brizola, Luiz Carlos Prestes, Mario Lago, Celso Furtado, Jesus Soares Pereira e Rômulo Almeida.
Com a mudança, a maioria volta a ter o nome original, que faz referência à região onde a usina está localizada.
A estatal, que pretende privatizar 15 das 26 termoelétricas que possui, diz que a Aneel, no último dia 25, autorizou a mudança “para facilitar o registro dos nomes no INPI”. É. Pode ser."