Nesta quinta-feira (03) a Petrobrás completa 66 anos. O Sindipetro-RS convoca para um ato em frente à Refap, a partir das 7h. É hora de comemorar, mas principalmente é hora de lutar contra o maior desmonte já visto na indústria do petróleo.

Os ataques que a Petrobrás vem sofrendo desde 2014, quando teve início a Operação Lava Jato, abriram caminho para uma feroz disputa em torno dos seus ativos estratégicos. Após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016, setores do mercado financeiro e as petrolíferas estrangeiras passaram a ditar os rumos da empresa, aumentando a pressão para a sua privatização.

Uma das primeiras mudanças estruturais que a Petrobrás sofreu foi na política de preços dos derivados, que passou a ser vinculada ao mercado internacional, deixando o consumidor refém das crises de petróleo. Com isso, o preço médio do litro da gasolina, que em 2013 era de R$ 2,98, hoje, está acima de R$ 5,00.

Nesses últimos quatro anos, a empresa vem passando por cortes drásticos de investimentos, privatizações e abandono de áreas estratégicas para o país, como petroquímica, fertilizantes, biocombustíveis, gás e energia e toda a parte de logística, na contramão das grandes petrolíferas.

A atual gestão da Petrobrás também anunciou o fechamento de prédios administrativos e a venda de oito refinarias, incluindo a Refap, o que aumentará ainda mais as já altas taxas de desemprego do país. O presidente da empresa, Roberto Castello Branco, e o ministro da economia, Paulo Guedes, já afirmaram que pretendem privatizar por completo a estatal até o final do governo Bolsonaro.