Nov 26, 2024

O Petróleo é nosso e a Petrobrás também!

 

A criação da Petrobrás foi o mais simbólico elemento de um programa de desenvolvimento nacional, antimperialista, que surgiu da resistência e da luta do povo brasileiro pela manutenção do petróleo como uma riqueza da Nação.

À época, a campanha "O Petróleo é Nosso" ganhou às ruas, as universidades, a consciência popular e chegou ao Congresso, que aprovou a lei 2004/1953, criando a Petrobrás, garantido em suas mãos o monopólio em todas as atividades sobre o petróleo no Brasil.

Hoje, mais de seis décadas depois e de muitas idas e vindas, como as privatizações dos anos 90, as grandes greves, no RS a experiência com a Repsol, a descoberta do pré-sal, o desenvolvimento de tecnologia de ponta, voltamos ao ponto de partida. Com um governo neoliberal que visa desmontar a empresa para atender aos interesses imperialistas, mais uma vez devemos retomar a luta da década de 50, precisamos defender a Petrobrás e reafirmar que "o petróleo é nosso!"

ATENDER AO BRASIL

E, ao contrário do que afirmou recentemente o presidente da estatal, de que a Petrobrás estava se modificando para atender "ao mercado e aos acionistas", temos que reafirmar que não. A Petrobrás precisa retornar as suas origens, voltando a ser uma empresa decisiva para o desenvolvimento nacional e, retomando seus investimentos, promover os efeitos para outros setores da economia. Prova disso é que, desde o inicio do desmonte da empresa, já foram perdidos mais de 2,5 milhões de empregos. Da mesma forma, a redução nos preços dos combustíveis passa pela ação de uma empresa estatal, como ficou demonstrado no recente incêndio em refinaria no Oriente Médio, que casou o aumento de 13% nos preços do petróleo internacional.

A Petrobrás não precisava aumentar o preço dos derivados, beneficiando a população, mas optou pelo mercado, repassando o aumento aos brasileiros.

Se nos anos 40 e 50 a Petrobrás era, para muitos, um sonho impossível, a resistência à privatização e a sua manutenção como uma empresa pública, que hoje parece difícil, também não é impossível. Mas exige muita consciência da categoria e de conseguir trazer outros setores para esta luta.

A história de luta dos petroleiros e do próprio país, está ligada a história da Petrobrás. E nos dias atuais, temos que fortalecer a luta contra o desmonte da empresa, o que inclui defender os direitos dos trabalhadores, impedir a venda das refinarias, retomar o que já foi desmontado. É preciso fortalecer a atuação no Congresso Nacional e manter atuante e forte as entidades que representam os trabalhadores.

E, assim como dissemos no livro que conta a história do SINDIPETRO-RS, reafirmamos:

São ambas, categoria e empresa, estradas que se encontram num caminho escrito com muitas dificuldades, disputas, garra e determinação; trajetórias que se confundem nas greves, manifestações, alegrias e preocupações.

Mas, acima de tudo, para além das paredes e máquinas, os trabalhadores foram- e continuam sendo - o coração desta empresa.

 

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