Nov 26, 2024

"Não é uma manifestação corporativa. É pela defesa da soberania nacional"

Pouco a pouco os trabalhadores chegavam para a mobilização em frente à Refap, ainda encarangados pela sensação térmica de 5º que fazia na cidade de Canoas, às 6h da manhã, dessa quarta-feira (17). O instinto de lutar pela maior empresa estratégica do país era o combustão da categoria. Como foi dito pelo presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia, o ato não era uma manifestação corporativa, era pela defesa da soberania nacional, para garantir um país com uma economia forte e independente.

Durante as falas, os petroleiros explicaram as consequências da eventual privatização da Refap e outras sete refinarias que estão na mira do governo: Abreu e Lima (RNEST, Pernambuco), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX, no Paraná), Landulpho Alves (RLAM, Bahia), Gabriel Passos (REGAP, MG), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR, Paraná), Isaac Sabbá (REMAN, AM) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) e os ativos logísticos integrados.

A venda da Refap nada mais é do que a privatização do mercado de boa parte da região sul, pois a refinaria atende o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catariana e é esse mercado que estará sendo entregue ao monopólio privado. A atual política de preços (paridade internacional), implementada em 2016, só elevou os preços dos combustíveis, desta forma, a privatização da Refap não vai gerar concorrência e deixará o povo gaúcho refém das especulações em torno do petróleo e do dólar.

O ato faz parte da agenda de luta da Federação Única dos Petroleiros e reuniu representantes FUP, da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), trabalhadores de diversas bases do país, do Sintrajufe, Sinpro, Sindipolo e CUT-RS.

 

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