O dia 11 de fevereiro de 2015 marca uma data sombria na história do Espírito Santo. Naquele dia, a atenção de
todo o Brasil se voltou para a cidade de Aracruz. Ali, havia acontecido o mais trágico acidente envolvendo a área de petróleo do nosso Estado e a segunda maior do país nesta década.
A explosão da plataforma FPSO Cidade de São Mateus ceifou a vida de nove trabalhadores, além de ferir 26 e traumatizar outros 39 que ali atuavam. Apesar de toda a comoção causada pelo caso, não houve ainda nenhuma punição para a BW Offshore, empresa responsável pela plataforma e para nenhum dos gestores da Petrobrás, que negligenciaram a fiscalização da plataforma afetada.
Na época, o sindicato de pronto solicitou participação nas investigações sobre o ocorrido, juntamente com o coordenador geral da FUP e conseguimos um representante do Sindipetro-ES na sala de crise. O que ajudou a informar aos interessados sobre as condições da plataforma, além do número de óbitos, feridos e desaparecidos.
“Quando recebemos a notícia ficamos indignados”, contou Paulo Rony, então Coordenador do Sindipetro-ES. “Já havia muito tempo que batíamos na tecla de que a companhia estava deixando a segurança de lado em detrimento da produção desenfreada”. Completou.
De acordo com ele, todo acidente deve servir de aprendizado, não esquecendo nunca que esta explosão poderia ter sido evitada. “A companhia precisa investir em SMS sempre e nunca depois de um acidente.” O sindicato cobra firmemente a gestão da empresa nesse sentido.
“Nas plataformas, com a ajuda da categoria há algum tempo atrás, conseguimos elencar dezenas de pendência nos locais de trabalho, que puderam ser sanadas e evitar talvez algum problema de ordem maior.” Disse. “Não queremos que nenhum acidente igual, menor ou de maior porte aconteça em nenhuma área de atividade da categoria petroleira.”