Tomou posse na quinta-feira (03), o novo presidente da Petrobrás, Castello Branco, nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro. Castello Branco foi indicado por Paulo Guedes, Ministro da Economia, que já defendeu a transferência integral do capital da companhia para a iniciativa privada.
Política de preços e privatização
Defensor da manutenção do vínculo ao mercado internacional, a posse de Castello Branco representa o aprofundamento de uma política de preços que beneficia empresas estrangeiras, afetando diretamente o consumidor, uma vez que a gasolina e o gás devem permanecer em alta. Além disso, essa sistemática, que já vinha sendo utilizada por Michel Temer, facilita a venda das refinarias, que é o principal objetivo do novo governo. Em seu discurso, Castello Branco manifestou o interesse de privatizar a Petrobrás: “Os interesses do País e da Petrobrás devem ser conciliados por mudanças na estrutura legal e regulatória e a venda de ativos. Assim, atrairemos investidores privados e juntos viabilizaremos a construção de um mercado competitivo e vibrante”.
O novo presidente da Empresa é ex-diretor do Banco Central e da Vale. Também participou do Conselho de Administração da Petrobrás, mas saiu do colegiado porque considerava lento o ritmo de venda de ativos na companhia. Enquanto esteve como conselheiro da Petrobrás, Castello Branco defendeu o corte de direitos dos trabalhadores da estatal e criticou o modelo de partilha do pré-sal.