O diretor Executivo de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da Petrobrás, Nelson Luiz Costa Silva, esteve, no último dia 11, reunido com os trabalhadores da REFAP. O objetivo foi apresentar aos funcionários o Plano de Negócios 2019/2023.
Durante a atividade, o gestor falou sobre emissões e controle de carbono, no futuro a precificação dos produtos será com base nisto; energias renováveis; tecnologia que está mudando a indústria; entre outros temas. Ele também provocou questionamentos como se do poço ao poço ainda é relevante para a Petrobrás e considerou que a indústria de óleo e gás perdeu espaço no mercado. “A nossa indústria dá retorno menor do que o esperado para o acionista”, ponderou, acrescentando que dentro das novas estratégias, não serão mais tolerados investimentos desnecessários, “como no passado”. “A Petrobrás irá trabalhar com ativos rentáveis”. Silva acrescentou, ainda, que a empresa manterá a política de preços alinhada com o mercado internacional.
PORTFÓLIO E RENTABILIDADE – Sobre os produtos, informou que a empresa deve sair do segmento de fertilizantes, distribuição de GLP e das participações e produção de biodiesel e etanol e entrar nas energias renováveis, como eólica e solar.
Já sobre a questão da rentabilidade, o diretor colocou que é desejável um Retorno sobre o Capital Empregado (ROCE) acima de 11% ao ano de rentabilidade. Abaixo disto, segundo ele, não é interessante nem para a Petrobrás e nem para os acionistas.
QUEBRA NE MONOPÓLIO DO REFINO
O diretor também reafirmou que assim que possível, a empresa irá vender a parte de refino do sul e nordeste e criticou a intervenção política nos preços como um empecilho para investidores neste segmento. “Não interessa para a Petrobrás ter o monopólio do refino”, afirmou.
INSENSIBILIDADE - Para o Sindicato, que ao longo do ano vem travando uma dura luta e alertando sobre os impactos para os trabalhadores e para a sociedade com a privatização das refinarias, o “plano estratégico” da empresas está na contramão do que defendem os trabalhadores e tem um viés que apenas agrada aos acionistas e investidores sedentos por se apoderar da Petrobrás.
A dirigente Miriam Cabreira, frisou ainda, a falta de sensibilidade dos gestores, que, no apagar das luzes de 2018, chegam na Refinaria para fazer terrorismo com a categoria às vésperas de Natal, reafirmando, que assim que possível, vão vender a REFAP.