Dando seguimento nas Aulas Públicas realizadas pelos dirigentes sindicais, na quinta-feira (21) ocorreu a atividade no auditório do Instituto de Geociências da UFRGS. Cerca de 50 pessoas, entre estudantes e professores, debateram sobre a importância do petróleo na Soberania Nacional. A atividade iniciou com a leitura de um Manifesto do Coletivo de Professores da UFRGS, expressando a preocupação com as ameaças à Democracia no país e a defesa por Universidade Pública "aberta, inclusiva, democrática e comprometida com o diálogo e o enfretamento das brutais desigualdades que o assolam o Brasil".
A medida em que os representantes do Sindicato, Dary Beck Filho e Miriam Cabreira, falavam sobre os números que envolvem a Petrobrás, os estudantes se espantavam com as denúncias trazidas pelo Sindicato, como a explicação para a política de preço da gasolina adotada por miSHELL Temer, já adiantando que o valor da gasolina está subindo e vai subir cada vez mais: "a nível internacional os valores do petróleo estão alinhados a dois jogadores: um é o EUA, (um país que consome quatro vezes mais petróleo que o Japão) e o outro, são os grandes produtores, comandado pela Arábia Saudita", explicou Dary.
O Pré-sal e o golpe
O Brasil tem a terceira maior jazida de petróleo no mundo, ficando atrás apenas da Venezuela (petróleo de difícil acesso) e da Arábia Saudita (maior reserva de petróleo e ainda de fácil acesso): "Nenhuma outra empresa fez o que a Petrobrás fez, com tecnologia 100% brasileira. Principal motivo para golpe de estado, ocorrido em 2016 "quem operou sabia que não poderia rapinar essa riqueza sem dar o golpe. Depois todas as leis criadas pelo governo Lula e que protegiam a Petrobrás, este governo golpista modificou as leis e ainda para piorar aprovaram uma isenção fiscal até 2040, o equivalente ao valor de R$ 1 trilhão de reais".
Eleição
Para a diretora Miriam, a resistência e a luta dos petroleiros têm barrado vários projetos de lei desse governo golpista: "dentro de todos os limites nos estamos agindo, estamos fazendo resistência, se não fosse por isso teriam passado a reforma da previdência, por exemplo. A nossa única perspectiva que podemos se agarrar é a eleição. Temos que fazer um trabalho de formiguinha e eleger acima de tudo deputados que estão focados num projeto de pais independente. Cabe a nós fazer que essa indignação das ruas se transforme em indignação positivo, que apoie projetos de soberania, de igualdade, que utilizem a nossa riqueza, como o petróleo, para o bem de todos".