*atualizado 11/06/18
Ato contra as advertências e punições aos trabalhadores do Sistema Petrobrás nesta quarta-feira (13), a partir das 7h, em frente à Refap
Acuados diante da greve de advertência de 72 horas da categoria, que culminou na demissão de Pedro Parente e que escancarou que o responsável pelo aumento dos combustíveis e do gás de cozinha é a política irresponsável de preços adotada pelos gestores da empresa, a administração da Petrobrás resolveu ir à forra e estão advertindo por escrito os petroleiros que não cumpriram com a abusiva convocação para o trabalho durante a greve, punindo alguns trabalhadores que aderiram ao movimento, inclusive com notícia de uma suspensão.
Esta é uma atitude arbitrária, injusta, abusiva e que configura prática antissindical. Apenas demonstra o caráter autoritário deste governo e da gestão da Petrobrás. Esquecem que a categoria usou o seu legítimo direito de greve para denunciar à sociedade que há uma opção clara do governo e da gestão da Petrobrás pelo mercado, com prejuízos à população e que, o que vem ocorrendo na empresa, é um brutal processo de desmonte, com vistas a sua privatização, por uma gestão entreguista e irresponsável.
Mas não irão nos calar, nem com multas, como a da ministra do TST, que a pedido da Advocacia Geral da União aplicou valores de R$ 2 milhões por dia para impedir o movimento grevista, uma clara demonstração de abuso do poder econômico, e nem com punições frente a um direito legítimo dos trabalhadores de lutarem em defesa da empresa, somando a vontade da população que não concorda com a privatização da Petrobrás, como provado em mais de uma pesquisa, inclusive uma do dia 30 de maio.
Não é a primeira vez e nem é novidade que os gestores da Petrobrás agem de forma truculenta frente às mobilizações da categoria. Aqui no RS mesmo, em outros movimentos, já tivemos situações de cárcere privado, de tratamento desrespeitoso aos trabalhadores, de práticas de perseguições e de assédio moral contra grevistas. Na greve de 95, por exemplo, também contra a privatização da Petrobrás, houve muitas punições, revertidas depois pela ação dos sindicatos.
Mas esta postura só nos fortalece e faz cresce ainda mais em cada petroleiro, o desejo de lutar. Não vamos aceitar a continuidade desta política do governo Temer que está desmontando a Petrobrás, com o principal objetivo entregar uma das maiores riquezas brasileiras a petrolíferas estrangeiras.
Protestos estão sendo realizados em várias unidades da Petrobrás, como atrasos de turno, paralisações relâmpagos e outras, com objetivo de evidenciar mais esta arbitrariedade da empresa. Serão tomadas todas as medidas políticas e jurídicas cabíveis para reverter as arbitrariedades cometidas por esta gestão entreguista.