Nov 26, 2024

Petroleiros estão aprovando greve para barrar entrega da Petrobrás

 

Os sindicatos da FUP iniciaram esta semana assembleias para que os trabalhadores do Sistema Petrobrás se posicionem sobre o indicativo de greve por tempo indeterminado. O objetivo é barrar o maior desmonte da história da empresa, que avança agora sobre as refinarias, terminais e dutos da Transpetro. No Rio Grande do Sul, as assembleias começaram na última segunda (30) e seguem até sábado (05). Os indicativos da FUP estão sendo aprovados com mais de 90% de aprovação. 

 

Resistir é preciso

Em menos de dois anos, os golpistas já entregaram mais de 30 ativos estratégicos da Petrobrás, como campos do pré-sal, sondas de produção, redes de gasodutos do Sudeste e do Nordeste, distribuidoras de gás, petroquímicas, termoelétricas e usinas de biocombustíveis. Estão também em processo de venda 71 campos de produção terrestre, 33 campos de águas rasas e outros três de águas profundas, além das fábricas de fertilizantes, do setor de biocombustíveis (PBio) e da Transportadora Associada de Gás (TAG).

O parque de refino e a Transpetro são os novos alvos da gestão entreguista de Pedro Parente. No último dia 27, ele deu início à busca de “sócios” para assumirem o controle de 60% de quatro refinarias: duas no Nordeste - RLAM (BA) e Abreu e Lima (PE) - e outras duas na região Sul - Refap (RS) e Repar (PR). A venda será feita através de um pacote fechado, que inclui também seis terminais aquaviários, seis terminais terrestres e 46 dutos.

Não satisfeito, o governo golpista ainda teve o atrevimento de colocar no Conselho de Administração da Petrobras ex-executivos da Shell e de outras multinacionais que concorrem com a empresa. O Conselho de Administração é o principal órgão de gestão da estatal, onde são tomadas decisões estratégicas não só para a Petrobrás, como para o país e os consumidores brasileiros, como é o caso da política de preços de derivados, que tanto tem afetado a população.

É esse o terrível saldo do golpe que está destroçando aquela que já foi uma das maiores empresas de energia do planeta. Os trabalhadores do Sistema Petrobrás estão diante do mais grave ataque já visto contra a petrolífera e sabem que a resistência só se faz na luta.

Com informações da FUP

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