Os petroleiros do RS realizaram na manhã de hoje (26) um protesto contra o anúncio da venda da Refap e outras três refinarias: Presidente Getúlio Vargas (REPAR - Paraná), Abreu e Lima (RNEST-Pernambuco) e Landulpho Alves (RLAM-Bahia), além dos terminais da Transpetro. A data escolhida para o ato não foi em vão. Hoje, no Rio de Janeiro, os golpistas estão indicando um funcionário da Shell para o Conselho de Administração da Petrobrás.
O modelo de venda proposto por essa direção golpista e ilegítima vai enfraquecer a empresa, pois a estatal perderia o controle acionário, deixando o controle da gestão do parque de refino nacional nas mãos das estrangeiras.
A mobilização de hoje é uma das primeiras de uma série que serão feitas ao longo dessa batalha. Para a diretora de comunicação Elida Mach, esse é o momento de mostrar todo o orgulho do que é ser uma petroleira: "estamos sendo desafiados, e como na Petrobrás, o desafio é a nossa energia. E nós vamos lutar até morrer, lutando de ombro a ombro".
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, lembrou da omissão do governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (MDB): "Cadê o Sartori na defesa da Refap? Assim como o Sartori não defendeu o Polo Naval, em Rio Grande, agora ele quer entregar de mão beijada a refinaria do estado. É muito grave o que está acontecendo. Está quadrilha que está governando o Brasil tomou o país como um assalto, roubando os direitos e a riqueza do povo brasileiro. Hoje os ladrões estão colocando no Conselho Deliberativo da empresa um funcionário de uma multinacional que está de olho na Petrobrás. É a raposa cuidando do galinheiro", disse Claudir.
O vereador de Esteio, Leo Dahmer (PT), falou da importância da resistência dos petroleiros: "a nossa tarefa é resistir. Em Esteio foi organizado um comitê popular em defesa da democracia e da Petrobrás. A unificação da esquerda é essencial nesse momento".
A vereadora de Porto Alegre, Sofia Cavedon (PT), ressaltou que as vendas das estatais brasileira não foi um projeto aprovado nas últimas eleições: "Esse projeto não foi eleito pelo povo brasileiro, ele foi derrotado". Finalizando a sua fala com o grito de guerra "golpistas não passarão. Fascistas não passarão".
O ato pela Defesa da Petrobrás e pela Defesa do Brasil contou com a participação de diversos movimentos sociais, centrais sindicais e de importantes nomes da representação politica no estado.
Conselho Deliberativo
Os trabalhadores do Sistema Petrobras amanheceram nesta quinta-feira, 26, mobilizados para barrar o avanço da privatização que está desmontando a estatal, em tempo recorde. Em menos de dois anos, os golpistas já entregaram mais de 30 ativos estratégicos da petroleira e avançam agora contra as refinarias, terminais e oleodutos. Para acelerar a privataria, o governo Temer indicou para o Conselho de Administração da Petrobras ex-executivos de multinacionais que concorrem com a empresa. A nomeação deverá ser consolidada na Assembleia dos Acionistas, que acontece nesta quinta-feira, 26, na sede da estatal, no Rio de Janeiro.
Para esses e outros crimes de lesa-pátria, a FUP e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizaram um ato público na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, com participação de petroleiros de outros estados, além de movimentos sociais e centrais sindicais. A manifestação teve início às 11h, na Av. Rio Branco, em frente ao metrô Carioca, de onde os trabalhadores sairão em caminhada em direção à sede da Petrobrás, na Avenida Chile. “A sociedade brasileira tem que saber de mais essa manobra do governo entreguista de Michel Temer e de seu capataz Pedro Parente”, destacou o coordenador da FUP, José Maria Rangel.