Nov 27, 2024

Foguinho de nada! Um acidente anunciado

 

Na última quinta, 22/03, mais uma vez, aconteceu a incidência de fogo, fora da câmara de combustão das caldeiras do Setor de Utilidades. 

São ocorrências reiteradas, sendo duas no ano de 2017, sem tratamento efetivo, ou melhor, no RTA do acidente da caldeira C, uma das ações era retornar com os endoscópios, no mês de NOVEMBRO/2017. 

Após essas análises, é importante ressalvar que, a gestão da Refap comprometeu-se a enviar as duas respostas feitas aos auditores do Spie, no mês de fevereiro deste ano, onde está bem evidente a diferença de respostas dadas ao Sindicato e à CIPA, porém até agora nada! Salientamos que a solicitação foi feita diretamente ao GG Interino, na reunião de encerramento da auditoria, que disse não ser necessário fazer a solicitação protocolada.

Além dessas, está mais evidente o descaso com as caldeiras, que, da explosão ocorrida em 10/12/2011, a análise do acidente foi enfática da necessidade de existência das câmeras para acompanhamentos das câmaras de combustão nas caldeiras e os visores de chamas, sob risco de novas ocorrências ou situações piores do que as ocorridas à época.

Mas, o mais constrangedor é saber que, por parte de toda gerência setorial, já não há mais a preocupação com os sucessivos acidentes que estão ocorrendo com as caldeiras, nota-se além da quantidade de ocorrências, pelas falas escutadas pelos trabalhadores, do tipo: foi "aquecimento que deformou a chaparia", ou como na anterior onde furou a chaparia, foi “facilmente apagada”...

Certamente virá uma nova análise de acidente, que iniciará com a rotineira tentativa de imputar a culpa aos técnicos de operação, e que teremos de demonstrar de forma muito clara que a responsabilidade é dos gestores que não disponibilizam os meios de controle, de acompanhamento e de segurança, necessários para garantir a segurança nos locais de trabalho. 

Estas ocorrências demonstram, também, que a ESTÓRIA contada por gestores de que a modernização possibilita a redução de quadro de pessoal, não vale para a Refap e, pelo que vem acontecendo Brasil afora, em qualquer unidade de processo de Refino e/ou armazenagem de petróleo.

Se realmente os gerentes dos setores de produção, manutenção e Inspeção, bem como o Gerente Geral agissem com responsabilidade, todas as caldeiras que estão operando sem câmeras e/ou visores de chama, mandariam apagá-las até estarem seguras para operar. Mas...

 

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