Nov 27, 2024

Ibama acusa Petrobrás de fraude ambiental

 

O Ibama, junto com a Polícia Federal, está afirmando que a Petrobrás teria usado dados falsos na análise de contaminação de águas, com o objetivo de mascarar o verdadeiro impacto ambiental de suas plataformas offshore. Segundo um parecer técnico elaborado pelo instituto, a petroleira informava números menores de quantidade de óleo e graxas despejados no mar. Vale destacar, contudo, que o documento só investiga a Petrobrás, deixando as demais empresas do setor de fora. A estatal se defende, afirmando que está no momento se adequando aos novos métodos de cálculos exigidos pelo órgão ambiental.

A informação foi revelada na manhã desta segunda-feira (5) pelo jornal “O Globo”, que publicou um dos trechos do relatório do Ibama: “A totalidade dos resultados reais apresentou valores bem acima do limite máximo diário permitido, chegando o resultado real a ser 1.925% maior do que o resultado falso informado”. O Ibama também afirma que a Petrobrás está derramando uma grande quantidade de óleo nos oceanos, causando diversos episódios de manchas no mar. O relatório do órgão exibe uma imagem de satélite que mostra que a zona contaminada pela P-51 alcança 33,3 km, muito acima dos 500 metros permitidos pela legislação.

Contudo, ainda segundo informações de “O Globo”, a Petrobrás se defendeu dizendo que usa o mesmo método de medição do teor de óleo e graxa (TOG) na água produzida desde 1986 – e sempre com o aval do Ibama. A entidade ambiental mudou a metodologia sobre as análises em 2015. A partir de então, a estatal negocia com o instituto a adequação às novas regras, envolvendo 30 plataformas da Bacia de Campos. A empresa negocia há seis meses um termo de compromisso com o órgão para se adequar às novas regras.

Fonte: Petro Notícias

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