Em reunião ampliada da Executiva Estadual, ocorrida nesta quarta-feira (27), a CUT-RS marcou uma plenária de mobilização em defesa da justiça e da democracia para o próximo dia 17 de janeiro, às 9h, no auditório do Sindipolo, no centro de Porto Alegre.
O objetivo é organizar e mobilizar os trabalhadores e as trabalhadoras para a agenda de lutas na capital gaúcha até o dia 24 de janeiro, quando ocorrerá o julgamento do recurso do ex-presidente Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Lula foi condenado sem provas a nove anos e meio de prisão pelo juiz Sérgio Moro da operação Lava Jato, após longa perseguição jurídica e midiática. O triplex no Guarujá (SP) nunca foi de Lula.
Eleição sem Lula é fraude
“Querem tirar o direito de Lula ser candidato a presidente a República nas eleições de 2018 e impedir o povo de elegê-lo mais uma vez”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Todas as pesquisas apontam a liderança de Lula para o primeiro e o segundo turno”, destaca. “Eleição sem Lula é fraude”.
Nespolo salienta que está em jogo a defesa da justiça e da democracia. “Se hoje querem condenar o ex-presidente Lula num processo cheio de abusos de autoridade e ilegalidades, imagine o que poderá acontecer amanhã com qualquer um de nós”, alerta.
“Temos que conscientizar a classe trabalhadora sobre a nova fase do golpe, que está sendo tramada pelas elites em conluio com a mídia subserviente para barrar a volta da legalidade democrática”, ressalta.
Caravanas já estão sendo montadas no interior gaúcho e em outros estados, que virão se somar aos movimentos sociais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Haverá também um acampamento popular e será realizado um seminário do Fórum Social Mundial em contraponto ao Fórum Econômico Mundial.
Derrotar a antirreforma da Previdência
O presidente da CUT-RS enfatiza que o julgamento de Lula antecede a data agendada pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para a votação da antirreforma da Previdência prevista para o dia 19 de fevereiro. “Temos que preparar a greve geral. Se botar pra votar, o Brasil vai parar”, destaca.
“Não podemos dar trégua na pressão sobre os deputados e as deputadas, mesmo no recesso e nas férias, para que votem contra essa proposta perversa do Temer, que não acaba com os privilégios de parlamentes, juízes e militares, mas acaba com o direito à aposentadoria de milhões de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade”, denuncia.
Além disso, “se Lula for condenado, facilita a aprovação do desmonte da Previdência”, conclui Nespolo.
Fonte: CUT-RS