Nov 25, 2024

Mulheres de centrais denunciam ataque a aposentadorias por reforma de Temer

Mulheres representantes das centrais sindicais, como CUT, CTB e UGT, fizeram ato ontem (26) em frente à Superintendência do INSS em São Paulo, no centro da capital, para denunciar o fim da aposentadoria com a reforma da Previdência, que o governo de Michel Temer pretende ver aprovada pelo Congresso. O ato foi organizado pelo Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT).

"A reforma da Previdência vai acabar com a aposentadoria e prejudicar ainda mais a vida das mulheres, que têm dupla e tripla jornada. As mulheres trabalham 5 horas a mais que os homens por semana e não podemos permitir que se aposentem com a mesma idade que eles", criticou a secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT, Junéia Martins Batista.

A proposta da reforma da Previdência do governo de Michel Temer propõe igualar a idade mínima entre homens e mulheres, acaba com a aposentadoria por idade e para receber o valor integral do benefício será necessário trabalhar, ininterruptamente, por 49 anos.

"O projeto desconsidera a realidade vivida pelas mulheres, negras, professoras e as trabalhadoras rurais, que estão nas funções mais precárias, trabalham sob chuva e sol, começam a trabalhar muito cedo e na primeira crise, somos nós que demitem primeiro", concluiu Junéia.

No ato, as mulheres denunciaram os parlamentares que votaram a favor da reforma trabalhista, que entra em vigor no próximo dia 11 de novembro, com a foto de cada um deles num varal estendido no viaduto. Além disso, as mulheres colheram assinatura para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) para anular a reforma trabalhista. 

"A campanha ‘anula reforma’ foi aprovada no Congresso Extraordinário da CUT e o objetivo é colher 1,3 milhão de assinaturas e levar até o Congresso Nacional em Brasília. É possível revogar e a gente está trabalhando para isso", disse a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, Marcia Viana. 

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