Movimentos foram impedidos de realizar marcha que estava programada na capital Gaúcha frente ao forte aparato de segurança. No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, caminhadas foram pacíficas.
O governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), proibiu a marcha após o ato do Grito dos Excluídos, em Porto Alegre, capital do estado. A caminhada ocorreria depois do desfile militar, partindo da Rótula das Cuias, no Parque da Harmonia, até a Av. Ipiranga.
Dezenas de policiais, incluindo o batalhão de choque da Brigada Militar, se posicionaram nos arredores dos manifestantes, que nem sequer ocupavam todo o espaço no entorno da Rótula das Cuias. Também se fez presente o veículo blindado conhecido como “caveirão”, usualmente destinado a áreas conflagradas pelo tráfico de drogas.
Mesmo cercados e impedidos de marchar, centenas de pessoas fizeram um ato de protesto no local da concentração, denunciando o golpe e o autoritarismo do governador Sartori, e reforçando a resistência e a luta em defesa dos direitos e contra os ataques dos governos Temer, Sartori e Nelson Marchezan Júnior, prefeito de Porto Alegre. O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, protestou contra o forte aparato de segurança. “Vivemos o pior momento já visto de ataques aos direitos, o pior momento de repressão aos movimentos sociais. Hoje estamos presos, sem poder fazer a nossa caminhada”, disparou.
“A gente sempre fez uma caminhada pacífica, mas isso é consequência do golpe, da criminalização dos movimentos sociais. Mas vamos continuar de forma pacífica”, complementou a representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-RS), Aida Teixeira.
O senador Paulo Paim (PT-RS) participou do ato em Porto Alegre. Ele é um dos principais críticos da reforma trabalhista no Congresso Nacional e salientou que os efeitos das mudanças na legislação serão sentidos principalmente a partir do ano que vem, porque “são tantas maldades” que nem os empresários conseguiram dominar todas as mudanças para colocá-las em prática, assim que as novas leis entrarem em vigor.
Fonte: Humanitas