Tomou posse no dia 2 de junho, em cerimônia realizada na sede do CEPE, em Canoas, a diretoria e os membros do Conselho Fiscal que estarão à frente do Sindipetro-RS no período 2017/2020. A atividade contou com a presença de trabalhadores, familiares, representantes de outras categorias e dos movimentos sociais, além de autoridades.
Depois de ler o Termo de Posse, foram nominados todos os componentes da direção e os respectivos cargos.
Durante as falas, foi reafirmada a continuidade da luta em defesa da categoria e dos direitos históricos dos trabalhadores, assim como da Petrobrás, pelo Fora Temer e por Diretas Já. PÁGINA 3.
A categoria lotou o salão de festas do CEPE para prestigiar a posse da Direção e Conselho Fiscal que assumirão o Sindicato até 2020.
A atividade iniciou com a nomeação e apresentação dos membros que estarão dirigindo o Sindicato.
Em seguida, algumas autoridades presentes ao evento, foram convidadas a falar, momento em que destacaram a importância de ter à frente do Sindicato um grupo comprometido com a luta e com a defesa dos direitos da categoria e da classe trabalhadora.
Em sua fala, o vereador Nestor Schwertner (PT) destacou que o Sindicato dos petroleiros é uma entidade integrada e comprometida com as lutas sociais e reafirmou a confiança de que a diretoria continuará sendo um expoente importante no setor no RS e no Brasil. "Tenho certeza que após uma conquista tão importante, com os grandes desafios que vêm pela frente, e a união de vocês é um grande sintoma das vitórias que a categoria terá pela frente", disse ele.
A representante da Marcha Mundial das Mulheres, Luci Mari Jorge, saudou toda a direção e principalmente as companheiras que fazem parte da gestão. "Sabemos que está muito difícil a conjuntura nacional e internacional e os movimentos sociais, neste momento, dão seu apoio e se inserem nas lutas para que este país venha a ser melhor do que está neste momento".
Parceiro antigo das lutas da categoria, o ex-deputado Raul Carrion, citou antigos lutadores e lutas. Destacou que a direção assume num momento muito grave do país. Segundo ele, não são só os direitos dos trabalhadores que estão sendo arrancados, mas as riquezas nacionais, como o pré-sal, que estão sendo entregues. "Estamos vendo o retrocesso civilizacional do Brasil e não é pouca coisa que uma categoria forte, que já teve grandes lutas, como a petroleira, certamente será uma das espinhas dorsais desta luta", afirmou.
RETROCESSO AO SÉCULO XIX
Carrion lembrou que é hora de levantar a bandeira das Diretas Já. "Não é possível que este governo, que não tem legitimidade consiga esta contra-reforma. O que estamos vendo é a destruição da previdência pública, da legislação trabalhista, do sindicalismo, através da modificação da legislação. Estamos voltando ao século XIX, quando o trabalhador não tinha direito a nada e vivia do trabalho precário", alertou ele.
O vereador de Esteio, Léo Dahmer, saudou a família petroleira, a direção e ex-diretores da entidade. Em sua fala, frisou que o país está vivendo uma época de grande retrocesso, com a tentativa de enfraquecimento da ferramenta de luta que é o Sindicato. "Na década de 90 lutávamos contra o neoliberalismo e hoje o projeto vigente no país é o mesmo, que está enfraquecendo o estado, privatizando e retirando direitos dos trabalhadores, que está sendo mais rapidamente implementado neste momento e contra o qual temos que lutar", lembrou.
Dahmer destacou os impactos negativos da reforma trabalhista que busca, entre outros prejuízos, enfraquecer os sindicatos. "Estivemos juntos na greve geral e temos que ter capacidade de resistir, nos organizar e não deixar isto acontecer. Temos que manter a legitimidade dos sindicatos, defender os direitos dos trabalhadores, da previdência e principalmente não deixar que o Congresso escolha o presidente de forma indireta. Que o povo possa escolher", disse ele, fazendo uma alusão a necessidade de diretas já.
Último a falar, o presidente reeleito Fernando Maia, agradeceu aos trabalhadores e as autoridades presentes, assim como aos ex-diretores. Lembrou também os que lhe antecederam e que até hoje são referência de comprometimento, de lutar por ideais, como o ex-diretor Geraldo Lúcio Góes Cruz, José Luiz e Siegfried, assim como todos os aposentados e pensionistas que estão sempre presente na luta. Por fim citou as assessorias e funcionários que ajudam no trabalho do dia a dia do Sindicato.
Maia lembrou que é o terceiro mandato à frente do Sindicato e a agenda não tem sido fácil. "Particularmente neste momento vivemos um momento ímpar e estar à frente deste Sindicato é uma responsabilidade muito grande e sem o apoio de todos, dificilmente vamos conseguir vitórias e impedir as intenções do governo golpista que esta no país hoje".
O presidente eleito referiu o ato do dia 24 em Brasília, quando desde o momento da chegada da marcha, que lutava contra as reformas, por diretas já, foram recebidos com violência pela polícia, mostrando a cara deste governo. "Este presidente golpista, juntamente com um Congresso boa parte corrupto está destruindo o país com a sua contra-reforma. É hora de buscar forças para continuar esta luta. A todos os petroleiros, quero dizer que a luta está apenas começando. Até agora travamos algumas batalhas, mas com a força de vontade empenho e disposição continuaremos obtendo vitórias".
Por fim, convocou todos os petroleiros e petroleiras, da ativa e aposentado para juntos fazer os enfrentamentos necessários. "A luta não termina, não para, e vamos juntar forças para enfrentar estes ataques. Sorte é para quem não faz. Aqueles que estão na luta todo dia tem é sucesso. Então, muito sucesso para nós", finalizou. Após a cerimônia, foi oferecido um jantar de confraternização seguido de baile.