Segundo dirigentes da CUT Nacional, foi a maior greve dos últimos 100 anos e agora o objetivo é rever os votos dos senadores com a Reforma Trabalhista que já passou na Câmara e retirar da pauta dos deputados a Reforma da Previdência nos próximos dias.
Na tarde do dia 26, dia da Greve Geral, a Revista Veja abriu uma enquete em seu site com a seguinte pergunta: “você concorda com a greve geral desta sexta-feira?” Até às 16h do dia 28, 755.260 mil (96%) pessoas se disseram favoráveis a paralisação. Outras 28.716 mil (3,66%) se mostraram contrárias. Coincidentemente, o porcentual de pessoas contra a greve são exatamente o mesmo porcentual de aprovação do governo Temer (4%), conforme a pesquisa realizada pela consultoria Ipsos e publicada na BBC Brasil.
Essa é a maior greve trabalhista já realizada no país e foi comparada ao movimento de 1989, quando 35 milhões de trabalhadores paralisaram os trabalhos. “Ainda não há estimativa, mas a Central vai ultrapassar esse número”, disse o presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas para o Congresso em Foco.
Todas as categorias e todos os Estados participaram da Greve Geral e de atos contra as Reformas de Temer e seus aliados.
“A população apoiou a greve, a população fez greve! Nós ganhamos a opinião na disputa política. Agora tem que ganhar o que? Os votos dos caras congressistas. Quer se reeleger em 2018? Não vote com as reformas de Temer!”, disse Freitas. “Agora o Senado vai ter oportunidade de legislar com a opinião pública”, completa.
A Reforma Trabalhista foi aprovada por 296 votos a 177 e foi agora pro Senado. A proposta de rasgar a CLT pode ser recebida de forma diferente pelos senadores. Para Vagner Freitas, a Greve Geral dá condição de reverter à situação.
“É mentira que a Reforma Trabalhista vai gerar emprego. É mentira que a Previdência está quebrada. É uma greve extramente pacifica com apoio da população brasileira, sinal de que o povo entendeu que as duas reformas, tanto da Previdência quanto da trabalhista, são desastrosas para o país”, afirmou o Secretário Geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre.
Sérgio disse que o que tem que fazer agora é continuar a mobilização. “Nós marcamos um gol, mas o mais importante é lutar até que as reformas sejam retiradas “e é por isso que a população tem que continuar organizada e seguindo orientações dos movimentos sociais e das centrais sindicais e eu tenho certeza que a população brasileira vai derrotar essas reformas”.
Os sindicalistas fazem questão de frisar que o grande ganho da Greve Geral foi a consciência da sociedade.
“A sociedade hoje decretou que é contra as reformas do Temer. Que é contra o governo Temer. Governo Temer que já estava capengando, hoje é sepultado. Ele tem 5% de credibilidade com a greve geral do jeito que ela foi colocada, diminui ainda hoje!”, finalizou o presidente da CUT.