Os trabalhadores do Sistema Petrobrás irão paralisar por 24 horas as atividades nas principais unidades da empresa nesta sexta-feira, 28 de abril. A adesão à greve geral já foi aprovada em oito dos 13 sindicatos da FUP: Unificado do Estado de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Amazonas, Pernambuco/Paraíba, Bahia, Duque de Caxias e Ceará/Piauí.
No Rio Grande do Norte e no Rio Grande do Sul, as assembleias serão concluídas nesta terça-feira, quando também será feita a consulta aos petroquímicos do Paraná. No Norte Fluminense, as assembleias já foram realizadas nas plataformas da Bacia de Campos e serão finalizadas nas bases de terra até quarta-feira. Em todas essas bases, a adesão à greve está sendo aprovada com ampla receptividade.
Assim como os petroleiros, trabalhadores de diversas categorias irão parar suas atividades em resposta à ofensiva golpista que está destruindo o sistema de proteção social e os direitos trabalhistas do povo brasileiro. A greve geral deverá ser fortalecida pela paralisação de um setor chave, que é o dos trabalhadores em transportes coletivos. Em São Paulo, os metroviários, ferroviários e rodoviários da região metropolitana já confirmaram adesão ao movimento. Em Recife e em outras capitais do país, o transporte público também deverá ser interrompido durante a greve.
Professores e profissionais da educação de escolas e universidades públicas e privadas, metalúrgicos, bancários, servidores públicos federais, químicos, eletricitários, urbanitários, portuários, vigilantes, trabalhadores da construção civil, dos Correios, da Justiça, da Saúde, entre outras categorias organizadas, também já anunciaram adesão à greve geral em diversos estados.
A greve está sendo construída de forma unitária pelas centrais sindicais, movimentos sociais, frentes populares e organizações de esquerda que resistem ao golpe que, dia após dia, afeta os brasileiros. Temer e sua base aliada no Congresso Nacional já liberaram a terceirização ampla e irrestrita para todas as atividades, sem qualquer salvaguarda para o trabalhador.
Também já aceleraram a tramitação da reforma trabalhista, que pode ser votada a qualquer momento, precarizando por completo as condições de trabalho e acabando até mesmo com o direito à justiça trabalhista. Todo esse desmonte ocorre paralelamente aos ataques à Previdência Pública, cujo projeto de reforma tem por objetivo acabar com a aposentadoria e outros benefícios sociais.
A despeito das delações da Lava Jato que colocam sob suspeita Temer e seus ministros, bem como diversos dos parlamentares que articulam esses ataques contra os trabalhadores, todos seguem incólumes, cumprindo acordos com os grupos políticos, econômicos e financeiros que bancaram o golpe com o aval da mídia. Enquanto isso, o povo brasileiro vê seus direitos e empregos virarem pó.
A greve geral de sexta-feira, portanto, será decisiva para a classe trabalhadora.
FUP