Os trabalhadores do Sistema Petrobrás estão aprovando por ampla maioria o indicativo da FUP de paralisação de 24 horas no dia 28 de abril, data convocada pelas centrais sindicais e pelos movimentos sociais para a greve geral contra as reformas do governo golpista. As assembleias já foram concluídas nas bases do Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo, onde mais de 98% dos petroleiros aprovaram a paralisação.
A ampla receptividade da categoria ao indicativo da FUP tem marcado também as assembleias realizadas pelos sindicatos de Minas Gerais, Pernambuco/Paraíba, Amazonas, Duque de Caxias, Rio Grande do Norte, Ceará/Piauí, Espírito Santo, Bahia e Norte Fluminense, onde a consulta aos trabalhadores prossegue ao longo da semana.
No Rio Grande do Sul, as assembleias começam na quinta-feira, 20; no Sindiquímica PR, serão realizadas no dia 25 e no Sindipetro Paraná/Santa Catarina, as datas ainda foram divulgadas.
Assim como os petroleiros, trabalhadores de diversos setores da economia irão parar suas atividades em resposta à ofensiva golpista que está destruindo nosso sistema de proteção social e direitos trabalhistas. A Petrobrás é peça central neste golpe. No rastro do desmonte da empresa, empregos e direitos estão sendo dizimados.
Há exatamente um ano, os movimentos sindicais e sociais alertavam a sociedade brasileira sobre os objetivos escusos dos que pregavam o impeachment sem crime da presidente Dilma Rousseff. “O golpe não é contra um partido ou contra um governo. O golpe é contra o trabalhador”, alertavam.
Inebriados por discursos de ódio e pelas manchetes tendenciosas da mídia, que roteirizou passo a passo o golpe, muitos trabalhadores caíram no canto da sereia, ou melhor, do pato. Hoje, estão sofrendo na pele as consequências do golpe, numa velocidade tão alucinante que só agora estão se dando conta da gravidade da situação.
Como uma caixa de pandora, o golpe está despejando uma maldade sobre a outra contra a classe trabalhadora e as camadas mais vulneráveis da população: terceirização de todas as atividades, destruição da previdência social, flexibilização dos direitos trabalhistas, fim das políticas de inclusão social, desmonte da educação e da saúde públicas, privatização da Petrobrás, Eletrobrás, Correios e outras estatais... E isso é apenas o começo.
Demorou para a ficha cair, mas o trabalhador brasileiro finalmente está percebendo que o golpe desde o início sempre foi contra ele. As manifestações de março abriram caminho para uma grande reação nacional. No dia 28 de abril, os petroleiros estarão ao lado das demais categorias organizadas, numa grande paralisação nacional de 24 horas contra os ataques de Temer e da gestão Pedro Parente.
Fonte: Federação Única dos Petroleiros