Os trabalhadores do Sistema Petrobrás iniciam quinta-feira, 13, assembleias de base para deliberarem sobre o indicativo da FUP de paralisação de 24 horas no dia 28 de abril, data convocada pelas centrais sindicais e movimento sociais para a greve geral contra as reformas do governo golpista.
Leia a convocatória da FUP:
28 DE ABRIL É GREVE GERAL!
FUP indica paralisação de 24 horas contra o golpe, contra a retirada de direitos e contra o desmonte da Petrobrás
Trabalhadores de diversos setores da economia irão parar suas atividades em resposta à ofensiva golpista que está destruindo nosso sistema de proteção social e direitos trabalhistas. A Petrobrás é peça central neste golpe. No rastro do desmonte da empresa, empregos e direitos estão sendo dizimados.
Os petroleiros, que historicamente sempre estiveram na vanguarda das lutas da classe trabalhadora, precisam reagir à altura. A FUP convoca a categoria a fortalecer a greve geral com uma grande paralisação em todo o Sistema Petrobrás. Participe das assembleias que começam nesta quinta-feira, 13.
Só a luta nos garante! Dia 28, vamos parar o Brasil!
DIREITOS GOLPEADOS
Há exatamente um ano, os movimentos sindicais e sociais alertavam a sociedade brasileira sobre os objetivos escusos dos que pregavam o impeachment sem crime da presidente Dilma Rousseff. “O golpe não é contra um partido ou contra um governo. O golpe é contra o trabalhador”, alertavam.
Inebriados por discursos de ódio e pelas manchetes tendenciosas da mídia, que roteirizou passo a passo o golpe, muitos trabalhadores caíram no canto da sereia, ou melhor, do pato. Hoje, estão sofrendo na pele as consequências do golpe, numa velocidade tão alucinante que só agora estão se dando conta da gravidade da situação.
Como uma caixa de pandora, o golpe está despejando uma maldade sobre a outra sobre contra a classe trabalhadora e as camadas mais vulneráveis da população: terceirização de todas as atividades, destruição da previdência social, flexibilização dos direitos trabalhistas, fim das políticas de inclusão social, desmonte da educação e da saúde públicas, privatização da Petrobrás, Eletrobrás, Correios e outras estatais... E isso é apenas o começo.
Demorou para a ficha cair, mas o trabalhador brasileiro finalmente está percebendo que o golpe desde o início sempre foi contra ele. As manifestações de março abriram caminho para uma grande reação nacional. No dia 28 de abril, os petroleiros estarão novamente juntos com as demais categorias organizadas, numa grande paralisação nacional de 24 horas contra os ataques de Temer e da gestão Pedro Parente.
A LUTA TEMBÉM É POR SEGURANÇA
28 de abril é também Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. No Sistema Petrobrás, a irresponsabilidade dos gestores com a vida dos trabalhadores já matou 370 companheiros ao longo destas últimas duas décadas. Com a saída em massa dos petroleiros que aderiram ao PIDV, o risco de acidentes se multiplicou.
Por isso, nas assembleias que começam nesta quinta-feira, 13, além da greve de 24 horas no dia 28 de abril, será também submetida aos petroleiros a aprovação de uma notificação para denunciar aos órgãos fiscalizadores e à Justiça os gestores da Petrobrás pelos acidentes de trabalho. A direção da empresa deve ser responsabilizada por colocar deliberadamente vidas em risco, ao reduzir em mais de 20 mil trabalhadores os efetivos próprios da companhia, descumprindo diversas cláusulas do Acordo Coletivo.
A cada novo acidente que acontecer nas unidades do Sistema Petrobrás, a FUP e o sindicato irão denunciar, civil e criminalmente, o presidente e a diretoria executiva da empresa, bem como todos os integrantes do Conselho de Administração e a gerência da unidade. Colocar vidas em risco não é acidente, é crime!
Federação Única dos Petroleiros