O calçadão do centro de Canoas, local de intenso movimento no coração da cidade, foi palco para o lançamento do Comitê Sindical Popular Contra a Reforma da Previdência e em Defesa dos Direitos Trabalhistas, no dia 3 de março. Lideranças sindicais, políticas e dos movimentos sociais marcaram presença para informar que a partir da data, uma banca para tirar dúvidas e informar os cidadãos sobre as propostas de reforma (Trabalhista e da Previdência) estaria fixada ali diariamente, assim como uma série de atividades serão realizadas para engrossar a luta em Canoas contra as reformas Trabalhista e da Previdência.
“Nossa intenção é informar a população que todos serão prejudicadas se essas reformas passarem”, ressaltou Gerson Borba, presidente do Sindipolo. Fernando Maia, do Sindipetro, reforçou o objetivo das ações do Comitê. “Vamos a todos os cantos buscar o entendimento da população. É uma luta de todos, sem exceção”.
Durante o ato de lançamento, conduzido pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e NSR e também integrante do Comitê, Paulo Chitolina, informativos da campanha nacional, lançada pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), foram entregues à população que circulava no local. Com interação significativa, muitas pessoas participaram do ato, conversaram com os integrantes do Comitê e esclareceram dúvidas sobre as propostas perversas do governo Temer.
“Nas conversas que tive há pouco, com os companheiros que circulam por aqui, ouvi uma boa definição da nossa luta. Se o povo não acordar agora, seremos um país de escravos, não de trabalhadores”, relatou o presidente da União de Associações de Moradores de Canoas (Uamca), Alcindo Pereira.
Com a proximidade das atividades do dia 8 de março, Roseli Dias, do Cáritas-RS, reforçou a importância da luta das mulheres contra a reforma. “Temos um governo cínico, que desconsidera as obrigações da mulher como mãe e quer equipar idade mínima e tempo de contribuição. Com essa reforma, as mulheres nunca irão se aposentar”.
Flávio Souza, da Federação dos Metalúrgicos da CUT-RS, fez uma relação da realidade da categoria com a proposta de reforma. “Hoje, nas fábricas, não existe mais emprego para quem tem 40, 45 anos. Como esses trabalhadores vão completar o tempo de contribuição proposto (49 anos) para se aposentar?”.
A banca do Comitê ficará fixa no Calçadão de Canoas durante todo o mês de março, recolhendo assinaturas do abaixo-assinado contra a reforma da previdência. No período, caminhões de som circularão por toda a cidade levando informação e convidando a população para as atividades. O grupo ainda organiza mobilizações e eventos para as próximas semanas.
Fonte: STIMMMEC